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Goiânia, 15 de dezembro de 2017

Publicado: Sexta, 15 de Dezembro de 2017, 09h22 | Última atualização em Sexta, 15 de Dezembro de 2017, 09h32

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Rede federal capacita professores moçambicanos na área agrícola

Provas em unidades prisionais encerram a aplicação deste ano

Abertas inscrições para prêmio sobre políticas inovadoras

Série especial traz entrevista com a cineasta Tizuka Yamasaki  

UOL EDUCAÇÃO

Como sair da sua zona de conforto pode ser a chave para o seu sucesso

Consulte vagas que serão oferecidas no SiSU 2018/1  

CORREIO BRAZILIENSE

MPF entra com ação para obrigar o Inep a apresentar dados do Enem 2016

IFG promove cursos técnicos e superiores em cidades do entorno do DF

Sigma é autorizado a reprovar alunos dos anos iniciais do fundamental

GLOBO.COM

Comissão no Senado mantém Paulo Freire como patrono da educação brasileira

Universidade Metodista fecha cursos e demite ao menos 45 professores no ABC, diz sindicato

PF volta a investigar contratos suspeitos da UFSC em nova operação

FOLHA.COM

Gestão Doria se antecipa ao MEC com currículo que guiará aluno já em 2018

Olimpíada de matemática também descobre professores de excelência

Somente 1 em cada 10 escolas da elite nacional do Enem é da rede pública

 

N O T Í C I A S DA  E D U C A Ç Ã O

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Rede federal capacita professores moçambicanos na área agrícola

Uma parceria entre Brasil e Moçambique resultou em capacitação na área agrícola de 30 professores moçambicanos, que vão atuar em seu país replicando os conhecimentos adquiridos nas instituições de ensino da rede federal de educação profissional e tecnológica brasileira. A cerimônia de encerramento ocorreu nesta quinta-feira, 14, na sede do Ministério da Educação em Brasília, e teve a participação de representantes do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do governo de Moçambique.

Durante a cerimônia, o diretor de Políticas e Regulação da Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Valdecir Carlos Tadei, lembrou que o Brasil faz esse tipo de intercâmbio com diversos países e considera o projeto positivo. “Essa ação de multiplicação de conhecimento tem valor imensurável para nós, porque também enviamos nossos professores para treinamento em outros países, para multiplicar o que foi aprendido”, explicou.

Chamada de Bramotec – Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica de Moçambique, a ação é pioneira entre os países. É coordenada no Brasil pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC e em Moçambique pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional. O objetivo é a melhoria da qualidade da educação profissional e tecnológica em Moçambique nas áreas da agricultura, gestão escolar, construção civil, turismo e hospitalidade.

Na opinião do vice-presidente do Conif, Roberto Gil Almeida, a parceria entre os países fortalece a internacionalização da rede federal. “É um grande passo dado, o da internacionalização das ações que realizamos no nosso país: atender países com necessidade de formação de mão-de-obra, de qualificação do trabalho no campo e de formação de pessoas que possam gerir riquezas por meio da agropecuária”, destacou.

A turma recém-formada chegou ao Brasil com a missão de ampliar as competências técnicas do quadro de formadores das instituições de educação profissional e tecnológica moçambicanas na área da agricultura. Durante quatro meses, esses professores foram acompanhados por formadores brasileiros e visitaram os institutos federais e os centros federais de educação tecnológica de todas as regiões do Brasil, para aprender sobre técnicas de agro-processamento, extensão agrária, irrigação, mecanização agrícola, sanidade animal, sanidade vegetal, sistemas de produção e solos.

O secretário permanente do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional de Moçambique, Celso Aldenis Laice, ressaltou que os professores formados no Brasil vão cooperar com os projetos já existentes no país. “A agricultura faz parte da nossa Constituição da República, é uma base de desenvolvimento. Com estes [professores] formados, vamos iniciar ou alavancar aquilo que já iniciamos na agricultura de Moçambique”, frisou.

Nos próximos seis meses, professores orientadores brasileiros vão acompanhar, a distância, os educadores formados no Brasil. Cada um será responsável pela criação de um projeto que possa ser aplicado em cada localidade do país africano, com o intuito de desenvolver a agricultura local.

Assessoria de Comunicação Social

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ENEM 2017

Provas em unidades prisionais encerram a aplicação deste ano

Com a realização do Exame Nacional do Ensino Médio para pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) e para os participantes com direito à reaplicação, nesta terça e quarta-feira, 12 e 13, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) encerrou a aplicação da edição 2017 do exame. A aplicação regular ocorreu em 5 e 12 de novembro, pela primeira vez em dois finais de semana seguidos. Em 19 de janeiro de 2018, serão divulgados os resultados.

Para cumprir decisões judiciais, ou solicitações do Ministério Público Federal, o Inep deu oportunidade a todos os participantes que registraram reclamações para que fizessem a reaplicação, assim como aqueles que tenham se sentido prejudicadas. Das 3.886 pessoas com o direito, apenas 1.100 compareceram às provas, sendo 1.037 no primeiro dia, em 13 unidades da federação, e 63 no segundo, em 11 unidades da federação.

Um exemplo de direito à reaplicação ocorreu em Paulo Afonso (BA). Na aplicação regular, estiveram presentes 220 participantes. Houve queda de energia elétrica durante cerca de duas horas no primeiro dia, mas, conforme relatório de aplicação, todos os participantes concluíram a prova normalmente, utilizando a luz natural.  No entanto, seis participantes buscaram o Ministério Público Federal, jurisdição da Bahia, alegando que foram prejudicados em virtude dessa ocorrência. Diante da notificação do Ministério Público, e considerando o princípio da isonomia, o Inep concedeu a todos os 220 participantes a oportunidade de participar da reaplicação.

Em função dessa singularidade do processo de reaplicação, o Inep não calcula o percentual das abstenções e, sim, o atendimento integral ou não às decisões judiciais ou demandas relacionadas às ocorrências na aplicação regular. Nesse sentido, o Inep fez o atendimento integral das demandas que recebeu.

PPL – A aplicação do Enem em unidades prisionais e socioeducativas contou com 74% de presença no primeiro dia e 70% no segundo dia, dos 31.765 inscritos. O Enem PPL foi preparado para 1.078 unidades prisionais de 577 municípios brasileiros. Entretanto, no primeiro dia, a aplicação precisou ser cancelada em nove unidades prisionais de Maceió, e uma em Girau do Ponciano (AL), em função de uma greve de agentes penitenciários. Em uma unidade prisional de Itaitinga (CE) e, em uma unidade em Cascavel (PR), a aplicação foi cancelada por causa de rebeliões. Outra ocorrência foi registrada em Rio Branco, onde um detento não inscrito tentou se passar por participante. Apenas uma pessoa foi eliminada, por descumprimento às regras gerais do edital.

No segundo dia, as provas não foram aplicadas nas mesmas unidades prisionais de Alagoas, Paraná e Ceará. Além delas, também foi necessário cancelar a aplicação em uma unidade prisional de Marabá (PA), por causa de rebelião. Em Paulo Afonso (BA), houve interrupção temporária de energia em uma unidade, onde foi acionado um gerador para garantir que os participantes terminassem as provas.

Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

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TECNOLOGIA

Abertas inscrições para prêmio sobre políticas inovadoras

Com o objetivo de identificar start ups (grupos de pessoas que trabalham em busca de um modelo de negócios) mais promissoras que atuam na transição de energia e proteção climática, estão abertas, até 31 de janeiro de 2018, as inscrições para o prêmio internacional Start Up Energy Transition (SET). Os seis ganhadores receberão um prêmio de 10 mil euros cada.

Promovido pela Agência Alemã de Energia (Dena), o prêmio vai destacar as melhores ideias que vão impulsionar tecnologias e políticas inovadoras de eficiência energética e energias renováveis para o futuro. A cerimônia de premiação será organizada pelo Berlin Energy Transition Dialogue (BETD), em Berlim (Alemanha), no segundo trimestre de 2018.

Podem participar empresas e jovens empreendedores de todo o mundo, que estejam trabalhando em ideias com foco na transição energética global e nas mudanças climáticas. São seis as categorias de projetos a serem apresentados: Produção de energia com baixo teor de carbono; Grades e plataformas inteligentes e cyber security; Eficiência energética, dispositivos inteligentes e armazenamento; Mobilidade inovadora; Energia, água e alimentação; e Prêmio Especial: Objetivo 7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Todas as categorias refletem problemas da inovação necessária para a transição de energia em nível mundial.

SET – A Start Up Energy Transition (SET) é uma iniciativa global de combate às mudanças climáticas apoiada por mais de 70 parceiros de 30 países. Em 2017, recebeu cerca de 500 projetos de 66 nações. Os projetos enviados farão parte de uma plataforma para discutir como entidades públicas e privadas de todo o mundo podem apoiar os inovadores na aceleração da transição de energia e na luta contra as mudanças climáticas.

Mais informações sobre o SET Award 2018, o processo de candidatura, os vencedores da primeira rodada e a iniciativa SET com todos os seus apoiantes e atividades podem ser encontradas, em inglês, na página da SET.

Assessoria de Comunicação Social

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TV ESCOLA 

Série especial traz entrevista com a cineasta Tizuka Yamasaki

Dedicada à educação brasileira, suas experiências e conquistas, a Rede Escola, revista eletrônica da TV Escola, apresenta uma entrevista exclusiva com a cineasta Tizuka Yamasaki, diretora do documentário 1817, a revolução esquecida. O programa vai ao ar nesta sexta-feira, 15, às 19h, e o filme, que abre a série História, será exibido a seguir, às 21h.

Produzido pela emissora e pelo Ministério da Educação em comemoração ao bicentenário da Revolução Pernambucana, o documentário tem como base a obra literária A noiva da Revolução, de Paulo Santos de Oliveira. A maioria das cenas foi gravada no estado palco desse movimento emancipacionista.

Esta edição da Rede Escola tem como personagem principal o professor. O programa traz relatos de experiências pedagógicas de sucesso e uma reportagem sobre a saúde física e mental do professor diante dos questionamentos trazidos para dentro da sala de aula em torno da violência urbana e digital.

Com depoimentos de profissionais da educação e médicos, será mostrado também um alerta importante sobre a síndrome de Burnout, uma alteração emocional relevante ocasionada pelo acúmulo de tarefas e pela pressão psicológica.

O Rede Escola conta ainda a história de um professor que estudou em escola pública e, com os exemplos dos seus mestres, resolveu seguir a carreira. A seguir, o telespectador conhecerá os vencedores do Prêmio Arte na Escola Cidadã, que destaca projetos exemplares desenvolvidos em sala de aula por professores de arte.

Prêmio – A educação plural, inclusiva e acessível é o foco de uma reportagem sobre o congresso anual do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), que encerra o ano de 2017 com a importante conquista do prêmio Reimagine Education 2018, considerado o “Oscar” da educação mundial. O instituto ganhou o primeiro lugar na categoria “Educação híbrida”, com o projeto do curso on-line e presencial de pedagogia bilíngue.

O Rede Escola vai ao ar às sextas-feiras, às 19h; aos sábados, às 16h, aos domingos, às 12h e às segundas-feiras, às 12h30.

Assessoria de Comunicação Social

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UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO

Como sair da sua zona de conforto pode ser a chave para o seu sucesso

Com que frequência nos forçamos a fazer algo novo? A maioria de nós já tem uma rotina definida e alguns planos para o futuro, o que passa uma sensação de segurança e ordem. A ideia de incorporar um novo elemento, principalmente um que mude a nossa vida, pode parecer não só desafiador como também assustador. Sair da nossa zona de conforto exige coragem e força de vontade. Mas e se lhe dissermos que os benefícios a longo prazo valem muito a pena?

Uma série de fontes e estudos sugerem que abandonar a sua rotina diária e participar de atividades que te desafiam é, de fato, muito bom e pode ajudar a desenvolver uma variedade de habilidades, como produtividade e proatividade.

O que significa zona de conforto?

Basicamente, a zona de conforto é o espaço comportamental onde “suas atividades e comportamentos se enquadram em uma rotina que minimiza o estresse e riscos”, de acordo com o site lifehacker.com. É um padrão que possibilita um estado de segurança mental com benefícios óbvios e tranquilizadores: previsibilidade, felicidade regular, baixo nível de ansiedade e menos estresse.

A zona de conforto é onde você pode se sentir no controle da sua rotina – os lugares que frequenta, seus horários, ações, comportamentos, pensamentos, o convívio com outras pessoas, etc. Dentro dela, não costuma haver espaço para imprevistos, surpresas, riscos ou grandes desafios.

Zona de ansiedade ideal

Apesar de a sensação de segurança e controle cem certeza ter suas vantagens e, de forma geral, fazem bem para o nosso bem-estar, a zona de conforto limita o progresso e muitas vezes pode ser prejudicial à busca por sucesso. Muitos especialistas acreditam que um estado relativo de ansiedade é necessário para maximizar o nosso desempenho.

Qualquer pessoa que já se desafiou de alguma forma sabe como a ansiedade, em um nível ideal, tem uma função parecida com a da adrenalina. Como você se sentiria ao fazer um novo investimento, começar um curso sem conhecer ninguém na sala, tentar algo novo, viajar sozinho(a), apresentar um novo projeto no trabalho ou começar uma conversa com aquela(e) menina(o) interessante? Uma mistura de medo e tensão, mas também de empolgação e inspiração?

Esse é o nível de ansiedade chamado de moderado – quando ele não é nem muito baixo ou alto que acabe inibindo o indivíduo e prejudicando o seu desempenho. Em um nível ideal, a ansiedade proporciona um estado de alerta, foco e até mesmo de motivação.

No geral, todas as sensações estimuladas podem ser aquele ponta pé inicial que você precisava para quebrar a rotina e melhorar a sua vida em vários aspectos!

Benefícios de sair da sua zona de conforto

Sair da sua zona de conforto e atingir um nível moderado de ansiedade podem ser importantes para:

  • Superar medos;
  • Fortalecer a autoconfiança;
  • Experimentar novas emoções;
  • Desenvolver a criatividade;
  • Descobrir novas paixões e aprendizados;
  • Autoconhecimento;
  • Tornar-se uma pessoa mais flexível e adaptável;
  • Conhecer novas pessoas;
  • Realizar sonhos.

Estudar no exterior: uma excelente forma de sair da zona de conforto

Estudar no exterior é uma mistura completa de todos os benefícios listados acima e muito mais. Definitivamente, será um dos maiores desafios da sua vida: mudar-se de país, comunicar-se em um idioma estrangeiro, aprender uma cultura totalmente diferente, conhecer pessoas novas, etc. Mas também será uma das experiências mais gratificantes, recompensadoras e simplesmente incríveis da sua vida.

A bagagem pessoal, educacional e profissional que você adquirirá com os estudos no exterior têm o potencial para fortalecer o seu sucesso de diversas formas, desde abrir novas portas, possibilitar contatos importantes, ganhar proficiência em um idioma estrangeiro, dar início à uma carreira internacional, etc.

Sem contar as habilidades sociais que você desenvolverá, como proatividade, consciência cultural, independência, desenvoltura para agir sob pressão, entre várias outras.

Sair da zona de conforto dá medo, mas é onde a magia acontece!

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INTERCÂMBIO

Consulte vagas que serão oferecidas no SiSU 2018/1

O Ministério da Educação (MEC) liberou nesta terça-feira, 12 de dezembro, a consulta às vagas que serão oferecidas na primeira edição de 2018 do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).

Nesta edição, o SiSU deve disponibilizar 239.601 vagas em 130 instituições de ensino superior públicas, entre universidades, centros de ensino, instituições federais de educação, entre outras.

Ao clicar no link, o estudante poderá pesquisar quais serão os cursos oferecidos, as instituições de ensino participantes e, ainda, os municípios onde serão disponibilizadas as oportunidades.

Por exemplo, ao escrever Medicina no campo de pesquisa, aparecem as 85 instituições de ensino que vão ofertar vagas no SiSU 2018/1. No total 25 estados e o Distrito Federal terão oportunidades para essa carreira.

Cronograma SiSU 2018/1

Conforme o Edital do SiSU 2018/1, o prazo de inscrições será de 29 de janeiro a 1º de fevereiro de 2018. Veja abaixo as outras principais datas:

    Resultado: 02/02

    Matrículas: 5 a 7 de fevereiro (instituições de ensino)

    Lista de espera: 2 a 16 de fevereiro

Somente podem participar estudantes que fizeram a última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e tiraram nota acima de zero na redação.

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CORREIO BRAZILIENSE

 

ENEM 2016

MPF entra com ação para obrigar o Inep a apresentar dados do Enem 2016

O Ministério Público Federal (MPF), em Uberlândia (MG), integrou ação civil pública contra o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com o objetivo de obrigar o órgão a disponibilizar dados e documentos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016, que foi aplicado em duas etapas, nos meses de novembro e dezembro. O MPF pede explicações sobre a discrepância nas notas dos candidatos nas duas etapas de aplicação.

Em razão das manifestações que tomaram conta de escolas públicas do país no ano passado, as provas do certame foram aplicadas em datas diferentes para alunos de colégios que estavam ocupados. Em janeiro de 2017, 13 participantes que fizeram a prova na segunda aplicação se mostraram insatisfeitos com as notas e foram ao MPF, em Uberlândia, reclamar. Houve, segundo eles, grande disparidade entre as pontuações de quem fez o certame na primeira e na segunda aplicações: participantes que tiveram desempenho próximo do total de acertos tiveram notas similares aqueles que obtiveram um resultado mediano na primeira.

Um dos prováveis motivos da disparidade é a diferença nas bases amostrais (candidatos da primeira aplicação x candidatos da segunda aplicação), já que o Enem é corrigido de acordo com a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que considera, na avaliação, o percentual de acertos e erros em cada item obtido pelos participantes da amostra.

Segundo o MPF, à época, o Inep refutou as acusações afirmando que “o cálculo da proficiência é processado em uma única base de dados, inexistindo tratamento diferenciado entre os avaliados nas aplicações realizadas”.

Em quê consiste a acusação?

Procurador da República em Uberlândia, Leonardo Macedo, explica qual foi, então, o procedimento adotado pelo Ministério Público. “Nós recebemos, no início deste ano, várias representações de estudantes que fizeram a prova do Enem, questionando possível distorção no cálculo das notas da primeira e da segunda aplicações. Para esclarecer a questão, identificamos a necessidade de avaliação pericial. O perito que foi contratado pelo MPF apontou a necessidade de analisar informações, dados e documentos sobre o Enem que estavam em poder do Inep”, lembra.

Diante da resistência da pasta vinculada ao Ministério da Educação (MEC) em fornecer os dados, alegando que o material estava sob sigilo. “No entanto, o sigilo não se opõe ao Ministério Público, até porque ele pode manter o sigilo do procedimento. Nós pressionamos e o Inep respondeu afirmando que colocaria o material à disposição, desde que ele fosse consultado em Brasília, diretamente na sede do Inep, sob acompanhamento dos servidores do Inep”, conta.

Segundo relatou o procurador, ao chegar à sede do Inep, o perito foi impedido de acessar os materiais. Além de desperdiçar dinheiro público com passagens de Juiz de Fora à Brasília e das diárias de hotel, a acusação contra o Inep é ainda mais grave: atraso na investigação.

"Existe a suspeita de que a diretoria do Inep esteja escondendo alguma coisa. Diante disso, nós ingressamos com uma ação por ato de improbidade administrativa contra duas diretoras do Inep e ingressamos com outra ação civil pública para que o judiciário determine que o Inep viabilize o acesso ao MPF dessas informações”, acrescenta o procurador.

Entre as alegações do Inep apresentadas ao MPF para negar o acesso, estaria o fato de que o perito, que é professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), estar sob regime de dedicação exclusiva. Outra motivação alegada teria a ver com convênios que o Inep tem com a UFJF.

Leonardo Macedo respondeu a argumentação da pasta: “Isso não se justifica porque uma das exceções ao exercício da atividade em dedicação exclusiva é a colaboração esporádica em atividades de natureza científica, e é exatamente o caso. Não é uma atividade profissional permanente: é uma colaboração esporádica”. Ele também rebate sobre a relação do instituto com a universidade mineira: "Não tem nada a ver para exercício da função pericial".

Além da ação de improbidade administrativa contra as diretoras e da ação civil pública em que pede o acesso aos dados solicitados, o Ministério Público Federal também entrou com um inquérito policial para apurar o possível crime de negar informações ao MPF.

Procurado pela reportagem, o Inep se posicionou. "O Inep sempre cumprirá todas as determinações da justiça tão logo as ações a que estas se referem tenham transitado em julgado".

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EDUCAÇÃO

IFG promove cursos técnicos e superiores em cidades do entorno do DF

O Instituto Federal de Goiás (IFG) está com inscrições abertas para 150 vagas em cursos técnicos na modalidade Educação Jovens e Adultos (EJA) e outras 144 vagas para interessados em ingressar no ensino superior. As chances são para estudantes de quatro cidades do entorno do Distrito Federal: Águas Lindas de Goiás, Formosa, Luziânia e Valparaíso.

Os cursos técnicos são para as áreas de enfermagem, edificações, manutenção e suporte de informática e eletrotécnica. Os interessados precisam ter 18 anos. As inscrição vão até 12 de janeiro pelo endereço eletrônico www.ifg.edu.br/estude-no-ifg/selecoes-em-andamento/eja.

Para o ensino superior há oportunidades em engenharia civil, química, análise e desenvolvimento de sistemas, biologia e matemática. Quem pretende conseguir uma vaga deve inscrever-se até 26 de dezembro pelo site www.ifg.edu.br/estude-no-ifg/selecoes-em-andamento/vestibular-enem. Todas as inscrições e capacitações são gratuitas.

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OPINIÃO

Sigma é autorizado a reprovar alunos dos anos iniciais do fundamental

O Centro Educacional Sigma da L2 Norte (606 Norte) não precisa mais obedecer à resolução nº 1/2012 do Conselho de Educação do Distrito Federal que veda a reprovação de estudantes nos três anos iniciais do ensino fundamental (1°,2° e 3° anos).

A decisão foi da juíza substituta Natacha Raphaella Monteiro Naves, da 7ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal. A informação foi confirmada pela 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

Advogado do colégio Sigma, Henrique Franco foi um dos responsáveis por entrar com a ação. Segundo ele, outros processos semelhantes ao do Sigma apresentaram desfechos positivos. “No início do ano, o Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal) foi vitorioso em processo coletivo idêntico a esse do colégio,” lembra. O jurista reiterou que a escola foi autorizada pelo Judiciário a reprovar estudantes, assim como todas as outras escolas particulares do DF.

Na visão dele, a ação deixa muito clara a autonomia pedagógica das escolas, que são muito variadas. "A liberdade de atender o consumidor foi mais uma vez reconhecida", diz.

O presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF), Luis Claudio Megiorin, chama a atenção, porém, para o fato de a permissão de reprovar estudantes não ser indiscriminada. “É preciso que haja uma justificativa plausível para o colégio reter o estudante. A escola tem que ter responsabilidade social”, afirma.

Megiorin afirma que a meta de escolas é alfabetizar até o primeiro ano. As unidades de ensino têm a função de promover o aprendizado e, quando uma criança não aprende, houve falhas não só por parte do aprendiz. “Se o aluno não atingiu a alfabetização, de quem é a culpa?", questiona.

"Aí entra a competência do professor de perceber problemas e verificá-lo: um aluno pode ter deficit de atenção, por exemplo”, ponta. O presidente da Aspa-DF também defende que as escolas precisam detectar o ritmo de cada pupilo e, a partir daí, proporcionar atendimento especializado, inclusive com adaptação curricular.

Baseado na decisão do TJDFT, o Conselho de Educação do DF alterou, em novembro de 2017, o artigo 25 da resolução nº 1/2012 e mudou a redação de dois parágrafos. O primeiro passou a vigorar da seguinte maneira: “É facultada às instituições educacionais da rede privada de ensino a adoção do Ciclo Sequencial de Alfabetização.” O segundo prevê que “as instituições educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal devem obedecer às normas e regulamentos da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.”

Antes, o artigo tinha apenas um parágrafo, que não é mais válido: “O Ciclo Sequencial de Alfabetização, sem reprovação do estudante, visa à oferta de amplas e variadas oportunidades de sistematização e aprofundamento das aprendizagens básicas, imprescindíveis para o prosseguimento de estudos”.

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GLOBO.COM

CERTIFICAÇÃO

Comissão no Senado mantém Paulo Freire como patrono da educação brasileira

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado manteve nesta quinta-feira (14) o título de Patrono da Educação Brasileira dado a Paulo Freire, educador, pedagogo e filósofo.

A lei que conferiu o título é de 2012 e foi questionada por meio de um canal no site do Senado dedicado a receber sugestões de cidadãos. A proposta para retirar o título de Paulo Freire obteve 20 mil assinaturas e, por isso, entrou na pauta da CDH.

O método Paulo Freire de alfabetização completou 50 anos em 2013. Freire desenvolveu uma estratégia baseada nas experiências de vida das pessoas. A primeira turma teve 380 alunos de Angicos, localizada na região central do Rio Grande do Norte, dos quais 300 se formaram.

Seu livro "Pedagogia do Oprimido" é o único livro brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de língua inglesa consideradas pelo projeto Open Syllabus. Lançado em 1968, o livro aparece em 99º lugar no ranking geral, com 1.021 citações em programas. No campo de educação, a obra figura em segundo lugar como a mais pedida nas universidades desses países, perdendo para "Teaching for Quality Learning in University: What the Student Does", de John Biggs.

A relatora da sugestão, senadora Fátima Bezerra (PT-RN), elaborou parecer contrário à retirada do título. Para ela, a ideia tem alto grau de "estupidez, insensatez e ignorância".

"Quanto ao mérito, percebe-se nitidamente que a sugestão é derivada do processo de fascistização de setores da sociedade brasileira marcado pela intolerância, pela falta de alteridade e variadas formas de preconceito, discriminação e opressão", - Fátima Bezerra.

Ela lembrou ainda que a comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados elaborou moção de repúdio contra a sugestão, além de diversas entidades da área de educação terem se posicionado contra o pedido.

O pedido tramitou com o nome de "SUG 47/2017" feita por iniciativa popular como uma Ideia Legislativa proposta no portal e-Cidadania, do Senado. Ela foi sugerida por Stefanny Papaiano, de São Paulo. Ela é integrante do Movimento Direita São Paulo e apoia iniciativas do Escola Sem Partido.

Por receber 20 mil votos favoráveis no portal do Senado, a ideia se tornou uma sugestão legislativa e seguiu para análise da CDH. Na justificativa da sugestão, a autora argumenta que Paulo Freire é "um filósofo de esquerda” e criador de um método que “é um fracasso retumbante de resultados catastróficos na educação".

Segundo a senadora Fátima, a sugestão é assinada pelo “ultraconservador” Movimento Brasil Livre (MBL).

Ao longo dos debates na comissão, senadores e especialistas se posicionaram contra a retirada do título. Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, apontou que a matéria é “um ataque a todo cidadão brasileiro”. Para ele, a proposta de educação democrática e emancipadora de Freire é um trabalho único, pois é uma teoria que foi comprovada de forma prática. "Os grandes pensadores criam referências e não podemos abandonar essas referências", disse.

Para a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), autora da Lei 12.612/2012, que conferiu o título de Patrono a Paulo Freire, a sugestão é um atentado ao educador. "É um segundo exílio o que querem decretar a Paulo Freire", disse, se referindo ao exílio sofrido pelo educador durante o período de Ditatura Militar a partir de 1964.

A presidenta da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI), defendeu o portal e-Cidadania, canal utilizado para protocolar o pedido, e declarou que houve “oportunidade de debate” apesar do viés do pedido. "Há nesse pais uma onda conservadora reacionária, intolerante e fundamentalista. E essas pessoas descobriram esse instrumento [o e-Cidadania] para expressar toda a sua intolerância", declarou.

Alfabetização

O método Paulo Freire foi desenvolvido no início dos anos 1960 no Nordeste, onde havia um grande número de trabalhadores rurais analfabetos e sem acesso à escola, formando um grande contingente de excluídos da participação social. Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi preso e exilado, e seu trabalho interrompido.

O método Paulo Freire é dividido em três etapas. Na etapa de Investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia. Na segunda etapa, a de tematização, eles codificam e decodificam esses temas, buscando o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido. E no final, a etapa de problematização, aluno e professor buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.

Nascido no Recife, Freire ganhou 41 títulos de doutor honoris causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford. Ele morreu em maio de 1997.

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EDUCAÇÃO

Universidade Metodista fecha cursos e demite ao menos 45 professores no ABC, diz sindicato

O Sindicato dos Professores do ABC (Sinpro ABC) estima que ao menos 45 professores foram demitidos pela Universidade Metodista de São Paulo neste semestre, quando uma nova cúpula assumiu a gestão da instituição de ensino. Os cursos mais afetados são de pós-graduação, segundo alunos e professores.

De acordo com o Sinpro ABC, cinco programas de pós-graduação perderam professores nas últimas semanas – comunicação, educação, administração, psicologia e ciências da religião.

“O número de demissões beira 45 professores e a expectativa é de que ocorram ao menos outras 15 até o dia 18 de dezembro, com o encerramento do ano letivo. A área de pós-graduação é a mais afetada. Na graduação estão fechando cursos, como matemática, biologia, letras, filosofia. Vamos acionar a Justiça para preservar os direitos dos docentes afastados”, afirma José Jorge Maggio, presidente do Sinpro ABC, que tem acolhido e orientado a categoria sobre os direitos trabalhistas após os desligamentos.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Metodista no início da tarde desta quarta-feira (13) questionando o motivo das demissões e o número de professores desligados. A universidade não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.

Demissões

Os desligamentos de professores começaram a acontecer neste semestre, logo depois que o novo reitor, o professor Paulo Borges Campos Júnior, assumiu o cargo de administrador da instituição. Em seguida, alguns diretores das faculdades foram substituídos.

“A Metodista alega crise econômica no Brasil, mas não faz muito sentido porque não afastaram os professores que ganham mais. Afastaram aqueles estavam à frente de movimentos que resistiam contra a extinção de cursos na universidade”, aponta Maggio.

Uma das demitidas foi a professora doutora Marli dos Santos, que lecionava na graduação, coordenava o programa de pós-graduação e atuava em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em um projeto dentro da universidade.

“A demissão sumária me pegou de surpresa, sim. Todo o acesso ao sistema foi imediatamente bloqueado. Foi uma decisão que veio de cima para baixo, sem discussão, sem aviso prévio, sem consideração e sem consulta às demais instâncias e órgãos colegiados, de forma autoritária, atingindo o programa de pós-graduação”, diz Marli dos Santos.

A professora alerta ainda para os riscos de manutenção dos programas de pós-graduação junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.

“Há um desmonte. Além das demissões, sugeriram aos colegas a redução de carga horária, mesmo a Capes, que estabelece as normas dos cursos de pós-graduação, exigindo dedicação integral da equipe. Isso pode descredenciar a Metodista como Universidade e torná-la um Centro Educacional. É a pós que garante esse status ao ampliar a dimensão da instituição com ensino, pesquisa e extensão. Se não tem esse braço bem definido e consolidado, com investimento e comprometimento, perde a condição”, explica a professora doutora Marli dos Santos.

Alunos afetados

O mestrando em Comunicação Carlos Humberto Ferreira Silva Junior disse ao G1 que está em fase de conclusão da dissertação que desenvolve há dois anos, a ser entregue em fevereiro, mas seu orientador acaba de ser demitido.

“Dos 11 professores da pós-graduação em Comunicação, 8 saíram e sobraram 3 para orientar. Nenhum deles tem ligação com meu projeto e então terei que mudar a linha de pesquisa. É complicado. Há pelo menos outros 60 colegas, só da pós em Comunicação, na mesma situação, que eram orientados por esses professores”, afirma Carlos, que relatou ainda uma organização dos colegas para acionar a Justiça, caso se sintam prejudicados com os próximos capítulos da história.

A crise na universidade atinge os três campos – Vergueiro, Planalto e Rudge Ramos, mas com mais impacto neste último, de acordo com o Sindicato dos Professores do ABC. Na graduação, os alunos também têm sentido as mudanças.

A data de apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da aluna do curso de Jornalismo, Girrana Rodrigues Teixeira, foi alterada. “A apresentação deveria ter sido na quinta-feira (7) à noite, mas fui comunicada às 15h30 daquele dia que seria adiada. A banca é formada por três professores – um deles está de licença médica e outra, que era nossa convidada, acaba de ser demitida. Não sei como vai ser”, diz Girrana.

“A professora foi escolhida por conhecer muito do assunto que tratamos e acompanhou todo o processo de produção. Ao afastá-la, não levaram em consideração nosso projeto, nem nosso comprometimento com ele. Outros dois grupos contavam com ela também”, continua.

A graduanda, que compõe o diretório acadêmico dos estudantes de Jornalismo da instituição, relata que os colegas percebem mudanças há cerca de um ano e meio. “Começamos a notar a falta de papel e sabonete no banheiro, depois de cartão de memória e computadores. Então, soubemos que a autonomia dos professores era esvaziada na escolha do conteúdo, que haveria investimento no Ensino à Distância e começaram as demissões”, afirma Girrana Rodrigues Teixeira.

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OPINIÃO

PF volta a investigar contratos suspeitos da UFSC em nova operação

O cantor e compositor Nando Reis discordou das alternativas apontadas como corretas em um concurso da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que usou como tema a sua letra da música "Vou te encontrar". Procurado por um fã que prestou o concurso, ele deu interpretações diferentes daquelas apontadas pela banca.

A prova foi realizada no domingo (10). A música, cantada por Paulo Miklos, foi base para todas as 20 questões da área de língua portuguesa na prova objetiva.

Prova de língua portuguesa de concurso da UFRJ (Foto: Reprodução) Prova de língua portuguesa de concurso da UFRJ (Foto: Reprodução)

Prova de língua portuguesa de concurso da UFRJ (Foto: Reprodução)

Em uma das questões, de número 17, o exame perguntou: "Em “Vivo, como você quer”, a alternativa que contém o significado mais adequado para a palavra destacada é: A) perdurar, B) aproveitar a vida, C) comportar-se em vida, D) sustentar-se, E) morar".

De acordo com o gabarito, a resposta correta é A. Para o cantor, a correta seria a letra D, "embora ache que o verso só poderia ser analisado dentro do contexto da estrofe".

Já a questão de número oito perguntava: "Em “Vou te encontrar… vou te encontrar”, o emprego das reticências indica: A) pausa, B) segurança, C) hesitação, D) certeza, E) reflexão".

De acordo com o gabarito oficial, a resposta correta é a letra C. Para o cantor, a alternativa correta é a letra D. "As reticências NÃO existem na versão original", escreveu Nando. O fã termina a troca de mensagens agradecendo e diz que irá recorrer.

Procurada pelo G1, a UFRJ afirmou que está checando junto à organizadora do concurso os detalhes sobre a apliação da prova e eventuais considerações após o pronunciamento do cantor.

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FOLHA.COM

EDUCAÇÃO

Gestão Doria se antecipa ao MEC com currículo que guiará aluno já em 2018

 A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão João Doria (PSDB), se adiantou à definição da Base Nacional Comum Curricular e lança nesta sexta (15) o novo currículo para as escolas de ensino fundamental da rede municipal.

O documento, ao qual a Folha teve acesso, traz novidades com relação à diretriz nacional, como uma sequência de conteúdos de tecnologia, objetivos que envolvem a identidade de gênero e material de apoio com sugestões didáticas ao professor. O currículo entra em vigor já no ano que vem, com o desafio na formação dos professores.

O texto final da base nacional, que define o que os alunos do país devem aprender a cada ano letivo da educação básica, ainda não foi homologado e pode passar por mudanças. O CNE (Conselho Nacional de Educação) pode votar o texto final nesta sexta, em reunião em Brasília.

O MEC (Ministério da Educação) tem se esforçado para aprovar ainda neste ano a versão final da base. A Folha apurou que o fato de a rede municipal paulista lançar seu currículo neste momento causou desconforto na cúpula do MEC, que esperava fazer o anúncio antes.

Alexandre Schneider, secretário de Educação da gestão João Doria (PSDB), afirma que o currículo de São Paulo está alinhado à base. "Acompanhamos todas as discussões da base, conversamos com conselheiros [do CNE]. Se houver surpresa, será pequena", diz, ao ressaltar o caráter adaptável do currículo.

"Qualquer alteração na base ou se percebermos que algo não funciona na sala de aula, vamos adaptar. é um processo de construção permanente", diz. "O melhor é que definimos o tipo de aluno que a cidade quer formar."

A elaboração de um currículo por parte das redes é um processo esperado para todo Brasil após a definição da Base. Escolas particulares também terão de se adaptar ao documento nacional.

Esse processo na capital paulista começou em março. Houve uma pesquisa com participação de 43.655 estudantes e 16.030 educadores.

O texto trata dos nove anos do ensino fundamental e deve chegar aos 400 mil alunos de 550 escolas municipais. A discussão curricular sobre educação infantil (creche e pré-escola) será realizada posteriormente.

Tanto o secretário quanto a equipe que coordenou os trabalhos insistem em pontuar que o novo currículo é fruto do que prevê a base e também os documentos curriculares e de apoio ao professor que já são usados na rede.

"Agora temos um norte do trabalho do professor. Livros didáticos não podem ditar o currículo, bem como a avaliação", diz Wagner Palanch, diretor do núcleo técnico de currículo da rede. Palanch reafirma a organização do currículo, que possibilitará melhor progressão de conteúdos a cada ano.

O professor Francisco Soares, que é membro do CNE, teve acesso ao texto. "Essa experiência é a primeira de uma rede que pega o que está estabelecido na base e coloca a sua cara", diz. "A base é obrigatória, mas ela não terá a mesma cara em todos os lugares, isso é positivo."

A secretaria pretende intensificar o processo formativo dos educadores ao longo de todo ano de 2018. A escolha da pasta, no entanto, é manter a mesma estrutura que já existe na rede, com foco nos coordenadores pedagógicos de cada escola e no uso das horas já prevista para formação na escola (3 horas semanais).

"O objetivo é intensificar a formações, mas acreditamos no peso da formação na escola", diz Minéa Fratelli, diretora da divisão de ensino fundamental da secretaria.

Diretor do Sinesp (sindicato que envolve os diretores de escola), Luiz Carlos Ghilardi levanta dúvidas. "Formações são fundamentais para esse processo e a secretaria não oferece tantas oportunidades específicas, hoje a quantidade é insuficiente", diz.

Segundo pesquisa realizada pelo Sinesp, quase metade dos gestores (47%) afirma que as formações da secretaria são "insuficientes, incompletos e superficiais". Outros 32% disseram que eles "desconsideram a realidade de cada escola".

ESTRUTURA

Como é hoje, sem o currículo, cada escola segue um livro didático diferente e que, por sua vez, apresenta uma ordem singular das matérias.

Nesse sentido, a diretriz municipal traz sugestões de trabalho na sala de aula. Coordenadores e professores receberão material de apoio com propostas de sequências didáticas. Alunos também terão material de apoio, ancoradas da mesma forma no currículo municipal.

Esses textos de apoio devem chegar às escolas no início do ano. Mas no próprio currículo já há indicações sobre como cumprir determinados objetivos. Na área de língua portuguesa, para o 1º ano, por exemplo, há o objetivo "Ler cantigas, parlendas e textos da tradição oral, refletindo sobre os efeitos de sentido". Ao lado desse texto, um código indica que essa é uma situação para um trabalho coletivo.

O currículo é dividido por disciplinas: Língua portuguesa, matemática, história, geografia, ciências naturais, arte, educação física, língua inglesa e tecnologias para a aprendizagem. Ele segue ainda a organização de ciclos adotada na rede durante a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).

São três ciclos: do 1º ao 3º ano, de alfabetização, do 4º ao 6º, interdisciplinar, e do 7º ao 9º, chamado de autoral.

Objeto de polêmica na base nacional, a rede municipal vai manter o ciclo de alfabetização em três anos. Mas a meta, segundo a equipe, é garantir que todos os alunos estejam alfabetizados até o fim do 2º ano -da mesma forma que a base prevê agora.

Além dos objetivos de aprendizagem (que preveem o que os alunos devem aprender em determinado ano ou ciclo), essas áreas são organizadas em torno de uma Matriz de Saberes. Essa matriz dialoga com as chamadas competências socioemocionais, como empatia, colaboração, comunicação e pensamento crítico.

Princípios éticos, políticos e estéticos orientam tal matriz. Esse conjunto de princípios era também previsto na 2ª versão da base nacional, mas foi suprimido na versão que foi para a análise do CNE em abril.

Também compõem o currículo temas específicos da cidade de São Paulo, como imigrantes e rios. Em um objetivo previsto em geografia para o 4º ano, espera-se, por exemplo, que os alunos possam: "Descrever, por meio de mapas, imagens, fotografias, vídeos ou documentários, como processos migratórios e imigratórios constituíram a formação da Cidade e do Estado de São Paulo atualmente, estabelecendo algumas relações entre migrações e condições de infraestrutura".

A ideia, segundo a equipe da prefeitura, é que os educadores trabalhem com objetivos como esse a partir do entorno da escola. "O currículo é da cidade na medida em que contempla a flexibilidade para que as escolas possam dar a sua cara para ele", diz Leila Oliva, que lidera a coordenadoria pedagógica da secretaria.

GÊNERO

Ao lado da descrição dos objetivos de aprendizagem há, em alguns casos, a menção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Unesco. Todo o currículo é referenciado nessa agenda.

Assim, questões sobre identidade de gênero, que compõe os princípios das Nações Unidas, aparecem em objetivos de aprendizagem. Como no 8º ano, em geografia, por exemplo: "Compreender as relações de gênero e sexualidade como construções socioculturais historicamente construídas e passíveis de questionamentos."

O governo Michel Temer, na revisão da base nacional em análise do CNE, cedeu à pressão de grupos religiosos e conservadores e retirou menções que tratavam do combate à discriminação de gênero. Incluiu o tema, entretanto, em ensino religioso. A abordagem desses temas tem importância, segundo estudiosos, na discussão de problemas sociais como violência contra a mulher, gravidez na adolescência e homofobia.

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OPINIÃO

Olimpíada de matemática também descobre professores de excelência

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), criada pelo Impa em 2005, movimenta a cada ano mais de 18 milhões de jovens em praticamente 100% dos municípios brasileiros. Isso faz dela a maior competição escolar do mundo. Em 2017 ficou ainda maior, com a adesão das escolas particulares.

A Obmep tem como metas incentivar o estudo da matemática e descobrir talentos, em todo o território nacional e em todos os estratos sociais.

O impacto da Olimpíada e dos programas de formação que a acompanham –Programa de Iniciação Científica (PIC), Programa de Iniciação Científica e Mestrado (Picme), Polos Olímpicos de Treinamento Intensivo (Poti) e Obmep na Escola– nos estudantes está amplamente comprovado por estudos independentes.

Uma avaliação conduzida em 2014, por Francisco Soares (UFMG e ex-presidente do Inep), comprovou que escolas com envolvimento ativo na Obmep apresentam uma melhora média de 26 pontos na Prova Brasil.

É como se oferecessem a seus alunos 1,5 ano extra de escolaridade!

O mais importante: esta melhora diz respeito a todos os alunos dessas escolas, não apenas aos premiados.

Esse mesmo ponto é ressaltado na tese de doutorado defendida recentemente na renomada Universidade Harvard pela professora Diana Moreira, da Universidade da Califórnia.

Diana descobriu que o efeito de ser premiado na Obmep beneficia o desempenho não apenas do ganhador, mas também de seus colegas de turma.

Comparando ao longo do tempo os resultados globais de turmas com alunos premiados a outras de estudantes com perfil e notas muito próximas, mas não premiados, ela constatou que o desempenho dos colegas dos ganhadores melhora consideravelmente.

Em particular, suas chances de virem a ingressar em um curso superior dos mais disputados são até 10% maiores, na comparação com aqueles de turmas sem premiados da Obmep.

Por outro lado, o papel da Olimpíada como ação de capacitação de professores tem sido muito menos destacado e merece uma análise cuidadosa.

Dado que a formação do professor é, possivelmente, o maior calcanhar de Aquiles de nossa educação, como a Obmep contribui para melhorar a qualidade dos docentes, somando-se a iniciativas como o Profmat (mestrado profissional para professores de matemática)?

Perguntei a um grupo de professores de diferentes partes do país como seu envolvimento com a Obmep influenciou o ambiente de trabalho e sua atuação.

Com resultados comprovados na Olimpíada, eles são representativos de centenas de professores brasileiros que encontram na Obmep um instrumento de aprimoramento profissional.

Antônio Amaral dá aulas na escola Augustinho Brandão, no município piauiense de Cocal dos Alves (6 mil habitantes e IDH 0,497, um dos 50 piores do país). Alcançou celebridade nacional por ter transformado sua escola num celeiro de campeões da Obmep.

A Augustinho Brandão tem a mais alta relação premiação/aluno participante entre todas as escolas do país e, em 2017, realizou mais uma façanha: todos os seus 23 estudantes que participaram na fase final foram premiados (22 medalhas e uma menção honrosa).

Com IDEB de 6,2 no segundo ciclo do Ensino Fundamental, é a prova de que é possível construir excelência em qualquer ponto do território nacional.

"Em Cocal dos Alves os estudantes sabem que a Obmep não é só uma prova para resolver problemas de Matemática. São todos cientes das oportunidades criadas pela participação na Olimpíada", afirma. "Com a escola e os professores preparados para atendê-los bem, os estudantes vivem intensamente os desejos de conquistas."

Segundo ele, a competição o levou a buscar materiais "com abordagem mais verdadeira da matemática" do que a da maioria dos livros didáticos e a fazer uma "imersão em assuntos que precisavam de aprofundamento em sala".

Isso trouxe a consciência de como é importante uma abordagem didática que "valorize a invenção e estimule a curiosidade, dando lugar ao esforço daqueles que persistem na busca de soluções para problemas novos e desafiadores".

Questionado sobre como a Obmep o mudou pessoalmente, Amaral responde: "Foi o maior programa de formação continuada para mim como professor de matemática".

Geraldo Amintas é professor na escola Terezinha Pereira, na pequena Dores do Turvo (4,5 mil habitantes), na zona da Mata Mineira. Não esconde o orgulho pelos 38 anos de magistério, exclusivamente em escolas públicas.

Os resultados notáveis da Terezinha Pereira na Obmep –são 105 medalhas e 184 menções honrosas– "geraram um grande reconhecimento da comunidade e dos órgãos de governo e enorme destaque nos meios de comunicação", afirma.

Para Amintas, "tudo isso foi canalizado, por professores e gestores para a melhoria e o desenvolvimento da instituição". O Ideb subiu de 4,0 para 5,6 no segundo ciclo do Ensino Fundamental. Em sua opinião, "o sucesso alcançado na Obmep exerceu uma pressão positiva sobre os profissionais da escola em outras áreas, que buscaram também reciclar suas práticas pedagógicas".

E contribuiu decisivamente para a melhora da autoestima e confiança de seus alunos, que agora buscam as grandes universidades públicas para darem sequência aos estudos.

Ele considera que a Obmep foi um marco em sua vida profissional, que o tornou um professor mais bem preparado e interessado em ver o crescimento dos alunos. "Em 2005, com mais de 25 anos de carreira, o caminho normal teria sido iniciar um período de acomodação e uma preparação para a aposentadoria". Mas "a descoberta da Obmep e as mudanças que percebi que poderia trazer para o ensino de matemática em minha escola trouxeram um novo estímulo".

Por Marcelo Viana

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EDUCAÇÃO

Somente 1 em cada 10 escolas da elite nacional do Enem é da rede pública

Só um em cada dez colégios com as maiores médias por escolas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2016 são públicos. E quase todos são federais, técnicos ou de aplicação.

A Folha tabulou os resultados do Enem 2016 a partir da base de dados divulgada pelo MEC (Ministério da Educação). O governo deixou de apresentar os resultados por escola neste ano.

A reportagem excluiu escolas com menos de dez alunos do 3º ano no exame e/ou com menos de 50% do total desses estudantes na prova, seguindo critério do MEC de anos anteriores.

Também levou em conta apenas escolas com pelo menos 61 estudantes no 3º ano. Esse grupo se aproxima mais do universo de escolas brasileiras –na média, há 86 estudantes por cada instituição.

A média foi calculada pela Folha com as quatro áreas da prova objetiva (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas, sem contar a redação).

A tabulação resultou em um total de 8.314 escolas, sendo 6.978 (84%) públicas. As privadas somam 1.336 no país.

Ao dividir o desempenho das escolas por faixa, 831 unidades aparecem entre as 10% com melhores médias. Dessas, somente 96 (12%) são públicas –sendo duas municipais, e o restante federal, técnica ou de aplicação.

Nesses 10% de elite, tanto privadas como públicas, há alunos privilegiados –com perfil socioeconômico "médio alto", "alto" e "muito alto". Esses são os maiores níveis numa escala de sete patamares criada pelo MEC nas últimas divulgações do Enem e também usada pela Folha.

Nesse grupo, as médias variam de 569,7 a 730,6 pontos. Estudos mostram forte correlação entre nível socioeconômico e desempenho escolar.

No outro extremo de escolas, das 10% com notas mais baixas, todas as 831 unidades são estaduais. Um terço tem alunos com perfil socioeconômico "baixo" e "muito baixo", os dois menores níveis.

Entre essas escolas, a nota varia de 430,96 a 464 pontos. A pontuação mais alta do grupo seria suficiente, por exemplo, para se acessar apenas 22 carreiras, por cotas, entre as 30 mil notas de corte de 2017 no Sisu (Sistema de Seleção Unificada, que reúne vagas de instituições que adotam o Enem como vestibular).

 O MEC parou de divulgar o Enem por escola sob o argumento de que os dados não são adequados para avaliar as unidades. O professor da USP Reynaldo Fernandes, um dos formuladores do formato atual do Enem, discorda.

"Posso não ter ideia do que acontece na escola, mas, com a pontuação, podemos comparar escolas próximas, parecidas em termos socioeconômicos. E o Enem ainda vai além de português e matemática [o que as avaliações federais e estaduais não fazem], e tem ensino particular", diz.

No critério da Folha, com escolas com mais de 61 alunos, o melhor desempenho do país foi do colégio Bernoulli, particular, de Belo Horizonte. Os 312 alunos alcançaram média 730,6 na parte objetiva. Na redação, 843,46.

As 88 públicas mais bem posicionadas são federais, técnicas ou de aplicação. Em geral, essas unidades têm alunos de nível socioeconômico privilegiado, selecionados por vestibulinho. Há só seis públicas no top 100.

O colégio de aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG) teve a maior média entre as públicas: 695,07. Na redação: 829,55 pontos.

O Enem é a porta de entrada de quase todas universidades federais e algumas estaduais, como a USP.

A lista abaixo considera todas as escolas, a partir dos critérios mínimos de participação no Enem, mas independentemente do porte da escolas. O que resulta em 17.170 escolas públicas e privadas.

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Clipping da educação, encaminhado pela Diretoria de comunicação social do IFG, todas as sextas.

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