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Pesquisa

Produção científica e tecnológica é tema de debate na encerramento da 21ª SNCT

No 17º SICT foram apresentados 325 trabalhos, com a participação de 476 estudantes

  • Publicado: Quinta, 14 de Novembro de 2024, 19h45
  • Última atualização em Sexta, 22 de Novembro de 2024, 15h54
Equipes vencedoras do Ideathon - Maratona de Ideias do IFG, que fez parte da programação da 21ª SNCT
Equipes vencedoras do Ideathon - Maratona de Ideias do IFG, que fez parte da programação da 21ª SNCT

A 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do IFG e o 17º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT) foram encerrados na tarde desta quinta-feira, 14, com palestras, debates e apresentações de trabalhos, além de jogos, competições e atrações culturais. Os dois eventos reuniram servidores e estudantes do IFG durante três dias, com uma programação extensa e diversificada, mas sempre com foco na pesquisa científica e tecnológica e na inovação.

No último dia da SNCT o destaque foi para o debate sobre a produção científica na pós-graduação, o Sistema Nacional de Avaliação da Pós-Graduação (SNPG), e o currículo Lattes. A consultora acadêmica para pesquisadores e programas de pós-graduação, Priscila Tavares, foi a responsável por provocar as reflexões ao falar sobre os temas.

Em sua palestra sobre “A Produção Científica na Pós-graduação”, ela apresentou críticas à lógica e instrumentos de avaliação dos programas de pós-graduação e do corpo docente de cada programa, especialmente em relação aos institutos federais. Segundo ela, as regras da Capes e o sistema Qualis foram pensados para privilegiar a pesquisa acadêmica e, portanto, não leva em consideração a vocação dos institutos federais, que é para pesquisa aplicada, o desenvolvimento tecnológico e a inovação.

Ela lembrou critérios adotados, como a abrangência dos projetos de pesquisa, que prejudicam os projetos voltados ao atendimento de demandas locais e regionais, privilegiando o impacto nacional e internacional. “O sistema de avaliação fecha os olhos para o perfil dos institutos federais. Para a Capes, quem não está no setor acadêmico é menos importante e é desvalorizado no sistema avaliativo”, criticou.

Priscila também criticou o sistema Qualis de avaliação dos periódicos e o currículo Lattes. Segundo ela, pelo Qualis, a qualidade da produção científica é medida pelo prestígio da revista e não pelo conteúdo. Sobre o Lattes ela afirmou que a lógica é cartorial, que o pesquisador tem de provar tudo o que fez e que a produção técnica é desvalorizada. Para ela, o desafio é a criação de uma plataforma única para atender diferentes perfis de pesquisadores, instituições de ensino e pesquisa e agências governamentais.

17º SICT

Evento integrante da programação da 21ª SNCT, o 17º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica foi palco para estudantes e servidores apresentarem suas pesquisas para o público. Em 37 sessões orais foram apresentados 239 trabalhos. Houve ainda quatro sessões de pôsteres, com a exposição de 76 trabalhos e outros dez trabalhos compuseram a Mostra Epex.

Estudantes de diversos câmpus também participaram da Ideathon- Maratona de Ideias do IFG. As equipes multicâmpus enfrentaram desafios relacionados ao tema central da SNCT: os biomas brasileiros. As equipes vencedoras apresentaram propostas para a utilização da tecnologia em favor do reflorestamento do bioma Cerrado (1º lugar), a criação de redes de sensores para detectar mudanças de temperatura, fumaça ou gazes, com disparo de alerta (2º lugar) e a criação de uma plataforma única para divulgação de pesquisas e projetos relacionados ao meio ambiente (3º lugar).

 

Veja fotos do evento: https://www.facebook.com/media/set/?vanity=IFG.oficial&set=a.963446819155102


Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.

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