Abertura do IX SLICT e II Comunicações de Grupos de Pesquisa enfatiza a pesquisa, inovação e desenvolvimento

Diretor de Inovação e Novos Negócios da Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis (Funtec), Pedro Luiz Costa Oliveira, proferiu palestra na abertura do evento na manhã desta terça-feira, 21, no auditório Demartin Bizerra, no Câmpus Goiânia.

Na manhã desta terça-feira, 21, iniciou a programação do IX Seminário Local de Iniciação Científica e Tecnológica (SLICT) e da II Comunicações Científicas dos Grupos de Pesquisa, no auditório Demartin Bizerra do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG). A abertura do evento contou com palestra do Diretor de Inovação e Novos Negócios da Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis (Funtec), Pedro Luiz Costa Oliveira, que abordou temas relacionados à pesquisa, inovação, desenvolvimento e empreendedorismo.

“Sem pesquisa não se chega ao conhecimento”, ressaltou o diretor da Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis (Funtec), Pedro Luiz Costa Oliveira, na palestra de abertura do evento.

 

O palestrante convidado Pedro Luiz Costa Oliveira, diretor da Funtec - entidade privada sem fins lucrativos que apoia e estimula a ciência e a inovação tecnológica no Estado de Goiás, abriu a programação do Seminário pontuando algumas inovações que foram desenvolvidas a partir de pesquisas, como a Internet e o e-mail e outras criações, e que hoje são de conhecimento da maioria da população mundial.

Na opinião do diretor Pedro Luiz Oliveira, é possível haver inovações em todas as áreas de conhecimento e incentivou professores e alunos a desenvolverem pesquisas que possam ser aplicadas, contribuindo para a sociedade. De acordo com o palestrante, há um problema de comunicação entre a academia e as empresas, e romper essa barreira é difícil, mas, ressaltou que os pesquisadores devem atuar no sentido de mudar a realidade a partir da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação. Ele defende a inclusão do empreendedorismo à tríade Ciência, Inovação e Tecnologia (CI&T ) e acredita que os projetos que envolvam investimento mais conhecimento resultam em inovação somada à criação de novas ferramentas, proporcionando lucratividade.

No caso do Brasil, o palestrante apresentou dados da pesquisa desenvolvida pela Universidade de Cornell (EUA), divulgada em 2018, que mostra que o país avançou cinco posições no ranking mundial de inovação, após dois anos estagnados. A pesquisa revelou que o Brasil saltou da 69ª para 64ª posição no ranking mundial de inovação, mas ainda está atrás de países, como Chile (47ª posição), Costa Rica (54ª) e México (56º). O palestrante também abordou os avanços obtidos com a instituição do novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, instituído em 2018 no Brasil, e apontou que ainda é necessário haver melhorias para que haja maior investimentos em inovação no país.

Pesquisas no Câmpus Goiânia

O IX SLICT é um evento anual organizado pela Gerência de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (Gepex) e pela Coordenação de Pesquisa e Inovação do Câmpus Goiânia e tem por objetivo a divulgação dos projetos de pesquisa em desenvolvimento dentro dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica, Tecnológica e Inovação do IFG. Na programação, ocorre também a 2ª edição das Comunicações Científicas dos Grupos de Pesquisa, que tem por finalidade promover a aproximação de pesquisadores e a comunidade acadêmica, com a apresentação de produções científicas, ações e debates visando ampliar as atividades de pesquisa e inovação no Câmpus Goiânia.

A mesa de abertura do evento contou com a presença do diretor de Pesquisa e Inovação do IFG,  professor Samir Youssif Wehbi Arabi, da diretora-geral do Câmpus Goiânia do IFG, professora Maria de Lourdes Magalhães e do gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão (Gepex) do Câmpus Goiânia, professor Sérgio Botelho. Alunos e servidores também participaram da palestra de abertura do evento.

Segundo o gerente da Gepex, professor Sérgio Botelho, atualmente o Câmpus Goiânia possui 19 grupos de pesquisa cadastrados, sendo que há outros grupos que, apesar de não estarem formalmente cadastrados, desenvolvem pesquisas na unidade. O câmpus contabiliza, no momento, 85 bolsistas de projetos de pesquisa de iniciação científica.

A diretora-geral do Câmpus Goiânia do IFG, professora Maria de Lourdes Magalhães, ressaltou o trabalho de professores e estudantes na promoção da pesquisa na unidade e destacou a relevância do evento para a divulgação científica. “É o momento de divulgar e mostrar para a comunidade a importância do nosso Instituto”, frisou.

O diretor de Pesquisa e Inovação do IFG, professor Samir Youssif Wehbi Arabi, destacou a necessidade dos grupos de pesquisa e pesquisadores do Câmpus Goiânia que ainda não cadastraram seus projetos que registrem suas pesquisas junto à Gepex. Segundo o professor Samir, o Câmpus Goiânia tem a maior quantidade de grupos de pesquisa em todo o IFG, e os estudos científicos produzidos por esses grupos precisam ser levados para fora da instituição, atendendo aos anseios da região, dos setores produtivos e da comunidade.

Comunicações orais

Além da palestra de abertura, na manhã deste primeiro dia de evento foram realizadas as sessões orais com apresentações de trabalhos de iniciação científica desenvolvidos no Câmpus Goiânia nas áreas de Educação e Artes; História; Engenharia Ambiental e Sanitária; Engenharia Mecânica; Engenharia Elétrica; Ciências da Computação; Educação Física; Matemática; Microbiologia e Química. As sessões ocorreram concomitantemente no auditório Demartin Bizerra, no auditório Julieta Passos, na sala Djalma Maia e na Cinemateca na manhã desta terça-feira no câmpus.

Entre os alunos que apresentaram suas pesquisas no primeiro dia do evento estava a estudante do 6º período de Engenharia Mecânica, Layane Alves, orientanda do professor de Educação Física, Marcelo de Paula. Layane explica que a sua pesquisa de título: Análise biomecânica da técnica de bloqueio em jovens atletas de voleibol tem o caráter interdisciplinar, pois associa conhecimentos da Engenharia Mecânica e da Educação Física a partir da Biomecânica.

“É uma área pouco desenvolvida aqui no IFG a Biomecânica, que é a união da Educação Física com a Mecânica. É uma área que tenho muito interesse em estudar, pretendo tentar um mestrado nessa área”, ressalta Layane. A aluna explica que, em síntese, a sua pesquisa investiga um aplicativo específico, desenvolvido em 2015, que é utilizado para analisar o tempo de voo de atletas de voleibol. Segundo a estudante, o tempo de voo consiste no intervalo de tempo durante o qual o atleta salta para cortar uma bola num bloqueio durante os jogos. A partir da análise dessa variável e usando o aplicativo, é possível obter dados sobre a força, potência, altura e a velocidade que o atleta alcança. O estudo investiga atletas de vôlei do sexo masculino; e segundo Layane, a próxima etapa da pesquisa é comparar os resultados obtidos nas análises feitas junto a atletas do sexo masculino com futuras investigações a serem feitas junto a atletas de vôlei do sexo feminino.

Programação

A programação do IX Seminário Local de Iniciação Científica e Tecnológica e II Comunicações Científicas dos Grupos de Pesquisa  do Câmpus Goiânia do IFG segue com atividades hoje, 21, à tarde, com apresentações de comunicações científicas dos grupos de pesquisa, na Cinemateca, e haverá também palestra de tema: O perfil do profissional e mercado no Século XXI, das 19h30 às 20h30, na Cinemateca.

O evento continua na quarta-feira, 22, com mais apresentações de sessões orais, das 8h às 12h. Também será realizada mesa-redonda: Pesquisa e Inovação: Desafios, Fomentos e Formalizações na Rede Federal, das 8h às 10h, na Cinemateca.  Na quarta-feira, das 10h15 às 12h, haverá Encontro dos Grupos de Pesquisa e Pesquisadores – Formalização, Regulamentação e Atribuições, na Cinemateca.

Confira a programação completa na página do evento

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Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia.