Formandos de oito cursos do Câmpus Goiânia colam grau neste segundo semestre de 2023
Cerimônias foram realizadas no Teatro da Instituição e contaram com a presença de familiares e amigos dos concluintes
O semestre letivo do Câmpus Goiânia do Instituto Federal de Goiás (IFG) está quase no fim e nada melhor que celebrar o encerramento desse ciclo com cerimônias de colação de grau dos cursos superiores. Participaram dos eventos 45 formandos dos cursos do Bacharelado em Sistemas de Informação, Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa e Licenciatura em História, no dia 7 de dezembro; e dos Bacharelados em Química e em Turismo, além das Licenciaturas em Física, Matemática e em Música, no dia 8 de dezembro. As solenidades foram realizadas no Teatro da Instituição, com a presença de familiares e amigos.
Na ocasião, a diretora do Câmpus Goiânia, professora Adriana dos Reis Ferreira, ressaltou a importância de cada servidor, amigo e familiar na trajetória e formação dos novos profissionais que agora ganham espaço no mundo do trabalho e vão colaborar com a construção social. “E aqui hoje temos entregando para a sociedade professores e professoras de importantes áreas. Da História que vão contextualizar o passado, pensar no futuro. A importância da nossa língua, da nossa cultura, por meio do curso de Letras. E a gente tem professores, professoras e também precisamos da tecnologia. Então temos aqui os bacharéis na área da Tecnologia e da Informação. […] O mundo precisa de várias áreas do conhecimento, todas são importantes e todas são necessárias.”
Adriana também salientou o papel do Câmpus Goiânia do IFG, que há 81 anos oferta uma educação pública e gratuita aos filhos de trabalhadores e aos próprios trabalhadores goianos. “Essa escola é plural, ela está aberta para todos e todas. Então sejam bem-vindos e bem-vindas sempre! Essa instituição é pública, ela está aqui para o público e para a sociedade. A gente aqui, ao finalizar esse processo na vida de vocês, nós estamos também finalizando mais uma etapa de trabalho em prol da sociedade”, completa.
A oradora da cerimônia do dia 7 de dezembro, Lilian Conceição Coelho, da Licenciatura em História, parafraseou Paulo Freire em seu discurso ao dizer que se a educação sozinha não transforma a sociedade. Sem ela tão pouco, a sociedade muda. “Nossa educação não pode ser restrita aos muros das escolas, a sala de aula e a sobrevivência do nosso planeta e de todos os seres que os habitam depende da necessária capacidade de solucionar os problemas em uma dimensão ético-política que diz respeito à tudo que há de paz que nos reina. Como contribuir para um mundo solidário em tempos em que a intolerância caminha a passos largos? Hoje eu realizo um sonho. Um sonho este que como de muitos aqui não é só meu. É dos meus pais, é de todas as pessoas que de alguma forma torcem por mim, que torcem por uma sociedade mais justa.”
Nesse mesmo sentido, falou também a pró-reitora de Ensino do IFG, professora Maria Valeska Lopes, no ato representando a reitora, professora Oneida Irigon. A docente disse que um princípio fundamental do IFG é formação humana voltada para a construção de corações e mentes mais autônomas e citou o conceito de “escolas que são asas”, de Rubens Alves. “Daí a gente pode se perguntar, como é que a gente constrói essa escola que é asa? A escola que liberta, a escola que, a partir da transmissão e apropriação do conhecimento e da cultura produzidas historicamente pela humanidade, possa ser espaço mobilizador da construção desses corações e mentes mais autônomos e livres. Esse desafio de uma escola que são asas e não escola que a gaiola se materializa, com certeza, e se objetiva no que cada um e cada uma de vocês leva hoje desses tempos de IFG”, finalizou.
Representatividade
Maryane We’ena Guarani Anakãn celebra a conquista do diploma, que, para ela, também representa uma vitória para o seu povo, Guarani Anakãn.
A formanda do curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa, Maryane We’ena Guarani Anakãn, reconhece esse papel transformador promovido pelo IFG. Ela é indígena e atribui a conquista do diploma às possibilidades ofertadas pela instituição por meio do seu corpo docente e técnico administrativo, que, segundo ela, foram essenciais para a sua permanência no curso. “Para mim, essa formatura significa uma conquista, uma vitória, um desafio. Hoje estou representando o povo Guarani Anakãn [...] em uma instituição federal. Esse diploma eu desejo a todo meu povo, a todos os meus ancestrais, a todas as pessoas e professores, do grupo de apoio, amigos que me fizeram dar esse sustento para que eu pudessem estar aqui hoje. […] E eu quero agradecer também ao Campus Goiânia do Instituto Federal que me deu essa possibilidade de hoje estar aqui, demonstrando que mais uma vez os povos indígenas podem demarcar o território”.
Mariany conta que tinha o plano de retornar ao seu povo, contudo, foi chamada para ser professora efetiva da rede básica de educação de Goiânia, por meio de um concurso público que havia prestado antes mesmo de se formar. Agora, ela lecionará língua portuguesa e literatura indígena a uma escola, localizada no Jardim Novo Mundo, e poderá enfatizar a demarcação da cultura de sua etnia e de outras por meio da educação das novas gerações goianas.
Inclusão
A mãe, Eulina Nunes, celebra a conquista de seu filho, Marcelo Nery, graduado no curso de Letras - Língua Portuguesa.
Na noite do dia 7 de dezembro, também foi a vez do Marcelo Nery concluir sua trajetória enquanto aluno do curso de Letras do Câmpus Goiânia. Ele foi um dos discentes atendidos pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas, o Napne, que está ligado à Pró-Reitoria de Ensino por meio do Núcleo de Ações Inclusivas (NAI), e é um órgão consultivo e executivo composto por diversos profissionais – como psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, etc. - que responde pelas ações de acompanhamento às pessoas com alguma demanda educacional específica.
Acompanhado da mãe, Eulina Nunes, Marcelo conta que recomenda o IFG justamente por ser uma instituição que oferta esse tipo de acompanhamento e estrutura aos estudantes. “A faculdade é inclusiva, tem psicologia, auditório, a estrutura é boa. […] O IFG foi importante porque ajudou a gente a crescer, crescer intelectualmente também, e a parte da literatura também gostei. Apesar de agora estar no rap, a parte da literatura foi importante”, comenta.
Segunda graduação
A professora do Câmpus Goiânia, Selena Martins, entregou o diploma para sua mãe, a senhora Maria do Carmo Linhares de Carvalho, que conquistou a sua segunda graduação.
A cerimônia de colação de grau realizada no dia 8 foi um momento especial também para a formanda em licenciatura em Matemática, Maria do Carmo Linhares de Carvalho, que recebeu o diploma das mãos de sua filha, a professora do Câmpus Goiânia, Selena Martins.
A senhora Maria do Carmo, que já possui o diploma de engenheira civil, concluiu a sua segunda graduação no Câmpus Goiânia após se aposentar. Com muito orgulho de receber seu diploma de licenciada em Matemática, Maria do Carmo conta que o incentivo para uma outra formação veio de sua filha Selena, que fez questão que ela se inscrevesse no edital para portador de diploma. “Eu pensava, será que eu consigo? Ela [a filha] me dizia, mãe veja seus documentos. Eu vi que tinha todos os documentos. Ela me disse vá fazer a redação. No fim, deu certo e agora estou me formando. Muito feliz”, disse Maria do Carmo, que finalizou abraçando e agradecendo a sua filha Selena.
Solenidade
Participaram enquanto oradores das cerimônias a formanda Lilian Conceição Coelho, da Licenciatura em História, na solenidade do dia 7; e Lucas Rafael Mares Noleto, do Bacharelado em Química, na cerimônia realizada na sexta-feira, dia 8.
No dia 7 de dezembro, receberam a outorga de grau em nome das turmas Daniela da Silva Costa, da Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa, e Lucas Asafe de Paula Aguiar, do Bacharelado em Sistemas da Informação. No dia 8 de dezembro, foi a vez dos formandos Letícia da Silva Silveira, do Bacharelado em Química, e Luis Miguel Borges Pacheco, da Licenciatura em Música, receberem a outorga de grau.
As cerimônias contaram também com os juramentistas Clara Ferreira de Sousa Chaveiro, da Licenciatura em História, que proferiu o juramento em nome das turmas na solenidade do dia 7; e João Paulo de Moraes Ferro, da Licenciatura em Música, que também fez o juramento na colação de grau realizada no dia 8.
A mesa diretiva do dia 7 de dezembro foi composta pela pró-reitora de Ensino do IFG, professora Maria Valeska Lopes Viana; da diretora do Câmpus Goiânia, professora Adriana dos Reis Ferreira; do chefe de departamento de áreas acadêmicas 1, professor Rafael Gonçalves Borges; a coordenadora de Registros Acadêmicos e Escolares, Ana Paula de Souza; e a professora Carina Calixto, no ato representado a chefe do departamento de áreas acadêmicas 4, professora Janaina Ferreira.
Já a mesa diretiva da solenidade do dia 8 foi presidida pela diretora-geral do Câmpus Goiânia, professora Adriana dos Reis Ferreira, que, no ato representou a reitora do IFG, professora Oneida Irigon. Além da diretora-geral do câmpus, participaram também da mesa diretiva o coordenador do bacharelado em Turismo, professor Leonardo Ravaglia; o coordenador da Licenciatura em Física, professor Lucas Bernardes Borges; e a coordenadora de Registros Acadêmicos e Escolares, Ana Paula de Souza.
Ainda durante a colação de grau do dia 8, a diretora-geral do Câmpus Goiânia, professora Adriana dos Reis Ferreira, fez, durante o seu discurso, uma homenagem póstuma à servidora Márcia Cecília Ramos Lopes, que infelizmente faleceu na última sexta-feira.
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Coordenação de Comunicação Social do Câmpus Goiânia
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