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Comunicação

Racismo na linguagem é tema de cartilha lançada hoje pelo IFG

Publicação integra projeto de comunicação e fortalece o combate ao racismo e outras práticas discriminatórias

  • Publicado: Sexta, 18 de Fevereiro de 2022, 09h23
  • Última atualização em Quinta, 24 de Março de 2022, 10h52
A cartilha está disponível para leitura e download
A cartilha está disponível para leitura e download

 A Diretoria de Comunicação Social (Dicom) e a Comissão Permanente de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (CPPIR) do Instituto Federal de Goiás (IFG) lançam a cartilha “O Racismo na Linguagem”. A publicação, em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2019/2023) e com a Política de Comunicação do IFG, faz parte do projeto estratégico de comunicação intitulado “Novembro Negro”, que foi desenvolvido no final do ano passado e que está previsto no Plano de Comunicação do IFG 2021/2022. A Diretoria Executiva integrou os diálogos no processo de desenvolvimento da ação.

O IFG acredita no papel da educação na transformação social e, para isso, compreende a importância de ações informativas e formativas nesse sentido. Na apresentação da publicação “O Racismo na Linguagem”, está expresso um dos objetivos: “Ao aprender sobre algumas palavras e seus sentidos, que apresentamos nessa cartilha, seremos capazes de substituir as expressões que carregam um valor pejorativo por outras palavras, livres de preconceito racial”.

Para o professor Neville Júlio de Vilasboas e Santos, coordenador da a Comissão Central de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do lFG (CPPIR), “o Novembro Negro foi uma importante ação da Diretoria de Comunicação, em parceria com a CPPIR, que teve o objetivo de chamar a atenção da comunidade acadêmica e do público em geral que acompanha as redes sociais do IFG para a necessidade de reflexão e combate a todas as formas de expressão do racismo na vida social”.

Para Neville, “a cartilha publicada pela Dicom cumpre o papel de, mais do que simplesmente destacar origens e contextos do emprego de palavras e expressões, propor a reflexão e o debate sobre o papel da comunicação na luta contra o racismo e estimular a iniciativa individual e coletiva na mudança de comportamento e na busca de conhecimento sobre nossa história”.

De acordo com o coordenador, o racismo é entendido como “um vetor estrutural da sociedade brasileira” que “dá forma às relações econômicas, políticas e culturais, sendo a linguagem uma das dimensões pelas quais ele se expressa e se reproduz”. Além de Neville, outros dois integrantes da CPPIR central, Evaldo Gonçalves Silva e Paula de Almeida Silva, participaram e contribuíram para o desenvolvimento do projeto.

 

A cartilha

A publicação destaca que, “as palavras e expressões que usamos são carregadas de significados e podem reforçar preconceitos e estereótipos mesmo quando ditas sem essa intenção. Várias expressões em língua portuguesa associam o termo negro(a) a coisas negativas, enquanto por outro lado, procuram associar branco(a), claro(a), a coisas positivas. A origem etimológica de algumas expressões e palavras pode ser imprecisa ou mesmo controversa, mas o sentido delas adquiriu significado pejorativo ao longo dos anos. Não podemos pensar a linguagem separada da nossa história e do nosso cotidiano”.

Por isso, mesmo que a origem de algumas palavras não tenha surgido como resultado de uma prática racista historicamente referenciada, o seu significado pode ter adquirido tal sentido com o tempo e, desta forma, a CPPIR do IFG, assim movimentos e coletivos de negros, atuam para que as pessoas conheçam mais sobre os sentidos das palavras e expressões, conforme ressaltado na cartilha: “É importante aprender sobre a origem e os sentidos contemporâneos de algumas palavras e expressões para ressignificar (mudar) o nosso vocabulário”.

Para a diretora de Comunicação Social do IFG, jornalista Adriana Souza Campos, o processo de desenvolvimento do projeto, com o apoio integral da CPPIR, foi extremamente valioso e de muito aprendizado. “Perceber nuances e perspectivas sobre a complexidade do tema, nos trouxe reflexões de muito significado e nos fez aprofundar em leituras e estudos. Sabemos da força da comunicação e da importância dela como parte essencial desse processo que tem como missão prevenir e combater o racismo e todas as práticas discriminatórias e preconceituosas".

Para a gestora da Diretoria de Comunicação do IFG, Adriana Souza, "a comunicação pública e suas premissas, alicerçadas nos direitos humanos e voltadas ao cidadão, são os elementos norteadores da comunicação no IFG”, 

A cartilha apresenta como referências diversas publicações, sendo uma delas o livro “Racismo Estrutural”, de Silvio Almeida em que a “a tese central é de que o racismo é sempre estrutural, ou seja, de que ele é um elemento que integra a organização econômica e política da sociedade. Em suma, o que queremos explicitar é que o racismo é a manifestação normal de uma sociedade, e não um fenômeno patológico ou que expressa algum tipo de anormalidade. O racismo fornece o sentido, a lógica e a tecnologia para a reprodução das formas de desigualdade e violência que moldam a vida social contemporânea”.

Leia e baixe aqui a cartilha “O Racismo na Linguagem”

 

Novembro Negro

A campanha “Novembro Negro” foi elaborada por integrantes da Dicom e da CPPIR, que debateram a temática e juntos elaboraram os textos. Esta ação foi realizada em novembro do ano passado. Os objetivos da ação estão descritos no Plano de Comunicação, dos quais destacamos alguns: Informar a comunidade sobre conceitos e termos relacionados ao racismo, à discriminação, ao preconceito; Informar a comunidade sobre a atuação da CPPIR (Comissão Permanente de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico-Racial) do IFG; Promover os direitos humanos; Contribuir para um ambiente de respeito a todos; Sensibilizar a comunidade acadêmica e a comunidade externa para o respeito às diferenças, o combate ao preconceito, à discriminação e à violência; Promover o combate ao racismo, à discriminação e ao preconceito no ambiente escolar e, consequentemente, na sociedade.

A campanha contou com diversas publicações que foram realizadas nos perfis do IFG nas mídias sociais, bem como compartilhadas por meio do Boletim de Divulgação que é sempre enviado às sextas-feiras para a comunidade acadêmica. Também foi tema de notícias publicadas no site institucional e de uma live realizada pelo canal oficial do IFG no YouTube.

 

Atuação da CPPIR

Para saber mais sobre a Comissão de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do lFG (CPPIR), acesse: http://ifg.edu.br/comissoes/cppir

 

Leia outras notícias publicadas:

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Saiba mais:

 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.

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