Pesquisadores dos câmpus Formosa e Anápolis apresentam na USP resultados de pesquisa

Aluna e professores pesquisadores expõem pôster no 18º SNHCT

"A oportunidade que o IFG nos dá para adentrarmos na vida acadêmica desde o ensino médio é um incentivo que está me preparando muito e que culminou nesse congresso apresentado na USP", declarou a estudante Bianca Scherer da Silva.

Ciência e religião se misturam? Pesquisadores do Câmpus Formosa e do Câmpus Anápolis do Instituto Federal de Goiás (IFG) estão, esta semana, na Universidade de São Paulo (USP), apresentando os resultados da pesquisa "A relação entre a ciência e a religião na educação: o que pensam os estudantes?", realizada por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, Tecnológica e Inovação (PIBICTI) do IFG. O trabalho contou com recursos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio (PIBIC-EM), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Na última terça-feira, 6 de setembro, os professores Daniel Ordine Vieira Lopes (Câmpus Formosa) e Geraldo Witeze Junior (Câmpus Anápolis), orientador e co-orientador, respectivamente, juntos da aluna da terceira série do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Saneamento do Câmpus Formosa, Bianca Scherer da Silva, apresentaram a pesquisa no 18º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia (SNHCT), realizado pela Universidade de São Paulo (USP). Nesta tarde, Bianca participou da exposição de pôsteres, esclarecendo dúvidas dos presentes. Para Bianca, a oportunidade marcou sua trajetória acadêmica. "Nunca achei que meu PIBIC pudesse terminar de maneira tão sensacional, mas terminou e me sinto extremamente privilegiada por estar no terceiro ano e já contar com apresentação em um congresso como esse, além de um artigo publicado nele", afirmou a aluna. 

Pesquisa

Segundo o resumo apresentado, a pesquisa, que teve início em 2021, tem o objetivo de "estudar como alguns episódios da história da Física afetaram e foram afetados pelo contexto religioso de cada época e como esses exemplos podem servir para futuras discussões sobre ciência e religião em sala de aula". Segundo Daniel, "o ensino de ciências pode se beneficiar de uma discussão aberta e honesta sobre religião".

(Clique na imagem para assistir ao vídeo de apresentação)

Para identificar a percepção dos estudantes sobre a relação entre ciência e religião, os pesquisadores aplicaram questionários e realizaram grupos focais, com vistas a identificar a adoção de determinadas posturas - conflito, independência, integração ou diálogo - por alunos do ensino médio integral, da Educação para Jovens e Adultos (EJA) e do ensino superior, religiosos ou não.

De acordo com os resultados encontrados, não é regra que a religiosidade leva ao conflito e negação da ciência. A imposição da existência de um conflito aos alunos religiosos é que acaba afastando-os do pensamento científico. Na sala de aula, o ensino de ciências pode ser beneficiado quando se utiliza o diálogo sobre exemplos da história.

A pesquisa apontou outro dado relevante sobre os jovens estudantes. Contrariamente ao que se imagina, as posições adotadas por eles são passíveis de mudança. Não há uma postura rígida sobre um ponto de vista. Desta forma, a dica é "professores com boa formação acadêmica, acesso ao conhecimento científico mais avançado e diálogo com os estudantes".

O 18º SNHCT é um dos eventos mais prestigiados na área. Ele ocorre desde 1986 e reúne estudiosos de todo o Brasil. Organizado pela Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC), este ano o evento teve início na segunda-feira, 5 de setembro, com encerramento amanhã, 9. Trabalhos de doutores e especialistas são apresentados no evento, assim como projetos de iniciação científica, como o de Bianca e seus professores. "O incentivo à iniciação científica deve continuar para que tenhamos cada vez mais alunos ainda no ensino médio realizando sonhos, como eu", ressaltou a estudante de Saneamento. 

Assista aqui o vídeo de apresentação do trabalho, produzido pela aluna Bianca Scherer da Silva.

Acesse o site do evento.

Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa