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Tecnologia

MCTI anuncia revisão da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial

Com a iniciativa, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai revisitar objetivos, eixos, metas e ações

  • Publicado: Terça, 12 de Dezembro de 2023, 17h01
  • Última atualização em Segunda, 15 de Janeiro de 2024, 15h15
Especialistas da área de Inteligência Artificial estiveram reunidos em Brasília (DF)
Especialistas da área de Inteligência Artificial estiveram reunidos em Brasília (DF)

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deu início, nesta segunda-feira (11), à revisão da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA), lançada em 2021 para nortear as prioridades do Brasil em torno do tema. Com a iniciativa, o MCTI vai revisitar objetivos, eixos, metas e ações para alinhá-la aos interesses e prioridades nacionais. O processo de revisão da EBIA deve ser concluído até maio de 2024.

“Precisamos extrair todas as potencialidades da Inteligência Artificial para que ela seja uma ferramenta que impulsione o desenvolvimento nacional e contribua para que as bases industriais do nosso país estejam em condições de competir com o que há de mais avançado no mundo”, afirmou a ministra Luciana Santos, na cerimônia, reforçando que o debate sobre Inteligência Artificial é importante para o Brasil conquistar soberania tecnológica.

Segundo ela, a revisão da EBIA busca promover o desenvolvimento de uma cadeia produtiva relacionada à IA que dinamize a pesquisa e a inovação no país. “É preciso que a gente compreenda a transversalidade da Inteligência Artificial nos serviços e na indústria e o impacto que terá nas relações de produção”, apontou.

Para o secretário de Ciência e Tecnologia para a Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, a revisão da estratégia vai discutir “o que o Brasil quer, deseja e espera com os impactos que a Inteligência Artificial traz”. De acordo com ele, a revisão da EBIA vai debater aspectos como produção, desenvolvimento, uso, regulação, segurança e cooperação do Brasil com outros países.

Segundo o secretário do MCTI, o tema afeta a sociedade e provoca anseios nos setores públicos e privado, especialistas, academia e usuários. “Houve um avanço muito grande em inteligência Artificial nos últimos anos, importantes ações sobre o tema estão ocorrendo no mundo, e há um questionamento da sociedade sobre os impactos da IA em diferentes áreas”, destaca.

 

Aplicações

A revisão da Estratégia de IA deve ser orientada para o desenvolvimento de aplicações voltadas para o enfrentamento dos problemas em áreas como saúde, educação, agricultura, energia e transição energética. Outro objetivo é apoiar o desenvolvimento de soluções para atender as demandas e desafios do setor público, com a perspectiva de modernizar e aperfeiçoar os serviços oferecidos ao cidadão.

Entre as ações já implementadas pelo MCTI no setor está o fomento à instalação de 10 Centros de Pesquisa Aplicada (CPA) em Inteligência Artificial no país. Os centros se dedicam ao desenvolvimento de pesquisas voltadas à resolução de problemas com uso da IA, além de contribuir para a formação de recursos humanos qualificados no setor.

 Em outra iniciativa conjunta com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, FINEP e ENAP, o MCTI também apoia o desenvolvimento de soluções em Inteligência Artificial para o setor público. Neste ano, foram celebrados os primeiros contratos com startups e lançada nova chamada pública para a superação dos desafios tecnológicos da administração pública.

 

Oficinas

A primeira oficina da revisão da EBIA, com especialistas na área de IA, ocorreu nesta segunda-feira (11). Outras duas oficinas serão realizadas com foco na escuta do setor privado e da sociedade civil. Todos os encontros deverão contar a participação de representantes de instituições de fomento para o setor de PD&I: Finep, BNDES, CNPq e Embrapii.

Além da EBIA, o MCTI está responsável pelo Eixo de Inteligência Artificial dentro do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G20.

 

IFG

Leandro (IFG) com Denise Carvalho, coordenadora executiva do Conselho Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação (CC&T) que esteve no encontro
Leandro (IFG) com Denise Carvalho, coordenadora executiva do Conselho Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação (CC&T), que esteve no encontro de IA em Brasília (DF)

 

O professor Leandro Alexandre Freitas, diretor geral da Unidade EMBRAPII de Eficiência Energética IFG, participou como convidado do MCTI para a contribuir com a revisão da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA). De acordo com o professor, “o Instituto Federal de Goiás continua empenhado em contribuir para o desenvolvimento das diretrizes que orientarão o uso e a implementação da Inteligência Artificial no Brasil”.

 

Assessoria MCTI com adaptações da Diretoria de Comunicação Social do IFG. Fotografia da capa: Rodrigo Cabral

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