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Jeifor

“A inclusão precisa ser um processo de emancipação coletiva; ela é para todos”, declara Juliana Caixeta

Publicado: Terça, 19 de Novembro de 2019, 18h28 | Última atualização em Quarta, 11 de Dezembro de 2019, 15h50

Relatos de experiência deram o tom dos minicursos e palestras do primeiro Jeifor

Participantes, vendados, experimentam a sensação de ser deficiente visual
Participantes, vendados, experimentam a sensação de ser deficiente visual

Existem atualmente no Brasil 6,7% de pessoas com deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utilizou a base de dados de 2010 para a projeção de 2018, última realizada pelo órgão. De olho nos dados, o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) do Câmpus Formosa, com o apoio da Prefeitura Municipal, da Coordenação Regional de Educação (CRE) do Estado de Goiás e da Universidade Estadual de Goiás (UEG), está promovendo a primeira Jornada de Educação Inclusiva de Formosa (Jeifor) nestes dias 18 e 19 de novembro.

Cerca de 330 educadores de Formosa, servidores do Instituto Federal de Goiás (IFG) e pessoas da comunidade lotaram o Teatro Guaiá na noite de ontem para assistir à abertura do evento. Na presença da representante da Pró-Reitoria de Ensino, Kenia Ribeiro da Silva Vidal, o gerente de Pesquisa e Extensão (GEPEX), professor Bruno Quirino Leal, que na ocasião representou o diretor-geral do Câmpus, Thiago Gonçalves Dias, abriu a noite mencionando o direito de todos de acesso à educação. Bruno falou da necessidade de momentos de formação e capacitação. “Esta é uma oportunidade ímpar de o Instituto Federal de Goiás promover este evento para que possamos melhor atender estes alunos”, disse ele.

 “Inclusão a gente associa à justiça social, e quando fazemos isso, estamos defendendo o conceito chamado equidade” – professora doutora Juliana Eugênia Caixeta.

O aluno do terceiro ano do curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Saneamento do Câmpus Formosa, Rafael D’Abadia, proporcionou um momento de experiência para os participantes ao pedir que se vendassem com a fita de material TNT, recebida na entrada do evento, e imaginassem um caminho a percorrer. Por meio da dinâmica, Rafael mostrou como é a vida do deficiente visual, dependente do tato, da audição e do olfato. “Uma vez que você não tem a visão, você encontra outro meio para conseguir saber o que está acontecendo ao seu redor”, afirmou. “O mundo é repleto de sons, sons totalmente descritíveis e variados, que vão colocar vocês em uma experiência totalmente diferente daquela que estão acostumados”, completou o estudante.

Hoje, os minicursos levaram os participantes à discussão dos temas de atendimento pedagógico e domiciliar, sala de recursos, formas de adaptar avaliações para o deficiente visual e o papel das emoções no contexto inclusivo. Para a professora de inclusão da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Zileide Damaceno, há um envolvimento maior entre o professor e os PNE’s. “Na inclusão não há como você se desmembrar e ser só professor; você faz por amor o seu trabalho”, falou.

Professora Juliana Caixeta afirma que "inclusão é para todos"

 

A doutora da Universidade de Brasília/Câmpus Planaltina, professora Juliana Eugênia Caixeta, abriu o momento de palestras contando histórias sobre inclusão escolar. “A inclusão é para nós motivo de ideal de vida, na medida em que nós procuramos sempre construir o melhor da humanidade”, declarou a professora. “Estas histórias nos ajudam a nos inspirar e compreender que nós não temos que saber tudo, mas temos que compreender estas realidades diferentes”, finalizou.

 

Setor de Comunicação Social/Câmpus Formosa

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