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ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Sustentabilidade, ciência, tecnologia, industrialização e inovação são pautas da última mesa-redonda do V Simpeex

Publicado: Segunda, 13 de Dezembro de 2021, 09h37 | Última atualização em Segunda, 13 de Dezembro de 2021, 09h41

Atividade foi transmitida pelo canal IFG Comunidade, no YouTube. Eventos integrados terminam neste sábado, 11 de dezembro

Atividade foi transmitida pelo canal IFG Comunidade, no YouTube. Eventos integrados terminam neste sábado, 11 de dezembro
Atividade foi transmitida pelo canal IFG Comunidade, no YouTube. Eventos integrados terminam neste sábado, 11 de dezembro

 

Foi realizada na tarde desta sexta-feira, 10 de dezembro, a última atividade da quinta edição do Simpósio de Pesquisa, Ensino e Extensão (Simpeex). Na mesa-redonda virtual, que faz parte de um dos cinco eventos promovidos pelo Instituto Federal de Goiás (IFG) durante esta semana, foi abordado o tema “Preservação da vida no planeta: ciência, tecnologia e inovação”. A atividade foi transmitida ao vivo e pode ser conferida no canal IFG Comunidade, no YouTube.

Participaram da mesa Ricardo Magalhães Dias Cardozo, professor e pró-reitor de Ensino do Instituto Federal Norte de Minas Gerais (IFNMG), e Cristina Fróes de Borja Reis, professora do Bacharelado em Ciências Econômicas da Universidade Federal do ABC. A atividade foi mediada pela professora e pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação do IFG, Thaís Amaral e Sousa.

 

Criticidade e educação

Tendo em vista o tema “Preservação da vida no planeta: ciência, tecnologia e inovação”, em sua fala Ricardo ressaltou o momento histórico pelo qual estamos passando: “de março de 2020 até agora vivemos uma pandemia que mudou a nossa reflexão. [...] Estamos vivendo um momento histórico”. O professor destacou que os grandes fenômenos sociais, as grandes pandemias, grandes guerras mudam o curso da história, e lembrou que, neste momento, é difícil mensurar o impacto do que está acontecendo, mas o docente enfatizou a importância da criticidade e da educação.

Chamando atenção para a necessidade de pensar sobre tecnologia, inovação e ciência, o professor lembrou que é preciso refletir sobre o papel desses elementos no campo da educação e da cultura. Com uma fala que trouxe inquietações e provocações, como o próprio docente definiu, Ricardo destacou a dificuldade de apresentar respostas, mas falou de um caminho importante segundo ele: buscar a aproximação da inovação, tendo em vista políticas públicas. E ressaltou: “política pública tem que atender aqueles que não tiveram oportunidades”.

Ricardo terminou sua exposição falando de uma necessidade no campo educacional: “Temos que perguntar que estudantes queremos formar”. O docente ressaltou que “quanto mais a tecnologia aumenta, maior fica a desigualdade”, por isso chamou atenção para a centralidade da educação: “a educação precisa chegar a locais que ela nunca chegou”. Segundo Ricardo, “a ciência e a educação precisam incluir e apontar caminhos que possibilitem a inclusão social daqueles que historicamente foram alijados de possibilidades”.  

 

Relações de poder e desigualdade

Cristina Fróes de Borja Reis, em sua apresentação, também falou da necessidade da criticidade. Refutando a ideia da neutralidade no campo da ciência, a professora lembrou: “na ciência, a política também está presente. As relações de poder permeiam todos os fenômenos sociais. Todos os artefatos que produzimos e consumimos e que impactam a sociedade trazem em si uma relação política”.

Para a docente, é preciso pensar em estratégias para melhorar o cenário social: “nossa produção de tecnologia e inovação tem que buscar diminuir a desigualdade”. E para pensar um pouco nessas questões, a docente falou sobre cadeias produtivas e o que elas envolvem: “esses processos produtivos formam cadeias de valor. [...] Quem faz o que e para que e para quem no processo produtivo? É importante entender e refletir sobre esse processo. É preciso pensar nos critérios financeiros, no que está por trás da tecnologia, por trás das empresas”.

 

Políticas industriais e sustentabilidade

A professora Cristina também destacou a necessidade de pensar em políticas e ações normativas que combatam às desigualdades de modo estrutural. Nesse sentido, a docente ressaltou a importância de se pensar na sustentabilidade, no meio ambiente, no campo das políticas industriais, o que, segundo ela, o país não tem feito: “infelizmente, o Brasil está na contramão”. Falando da crise estrutural industrial brasileira que gera impactos em várias áreas, a docente enfatizou a “preferência pelo atraso” e a desindustrialização no país.

Como pontuou a docente, “precisamos de uma outra coalização política e social, de espírito verdadeiramente democrático, qualidade técnica e visão de desenvolvimento no sentido pleno do termo: inclusivo e sustentável”. Para Cristina, é preciso “mudar de política, precisamos reduzir desigualdade [...] Nossas escolhas impactam a vida em sociedade. A gente precisa pensar nas alternativas.”

 

Programação de sábado e inscrições

O V Simpeex acabou, mas outros eventos integrados promovidos pelo IFG e pelos câmpus seguem até sábado, 11 de dezembro. Para o último dia, estão programados minicursos, oficinas e palestras a respeito de vários temas:

  • Revisão sistemática de literatura com apoio de tecnologia (minicurso);
  • Uso de tecnologias da informação e comunicação na educação (oficina);
  • Inclusão em educação: entre velhos dilemas e desafios contemporâneos (palestra);
  • Astrofotografia a baixo custo (palestra);
  • Cultura de segurança do paciente (minicurso).

As inscrições para as atividades que serão realizadas amanhã ainda estão abertas e podem ser feitas pelo Sistema Unificado de Gestão de Ensino e Pesquisa (Sugep): https://sugep.ifg.edu.br/eventos/#/publico/eventos/534d38f5-add3-4f19-abc5-b59289ad0332/inscricao

Para mais informações sobre os eventos, acesse: https://eventos.ifg.edu.br/simpeex-secitec/

 

 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria.

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