Pesquisa com Inteligência Artificial contribui para identificar instituições vinculadas a trabalhos acadêmicos e seus autores
Programa faz reconhecimento de instituições a partir de classificação de textos resultantes de buscas de artigos em bases científicas
Você está fazendo um levantamento de artigos em uma base científica de busca, como o Scielo, Scopus ou Web of Science, para seu Trabalho de Conclusão de Curso, mas deseja apenas artigos do IFG. Então insere IFG na busca e o que encontra? Além do Instituto Federal de Goiás, você vai se deparar com o Institute for Scientific Instruments GMBH, que se localiza em Berlim, na Alemanha. Que confusão!
O problema de identificação de instituições às quais os pesquisadores e trabalhos estão ligados levou o estudante de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (TADS) do Câmpus Formosa do IFG (Instituto Federal de Goiás!), João Gabriel Grandotto Viana, a desenvolver um programa para solucionar a questão, por meio de um método da Inteligência Artificial chamado Machine Learning (Aprendizado da Máquina).
O projeto "Reconhecimento de nomes de instituições utilizando Inteligência Artificial", de autoria de João e orientação do professor Waldeyr Mendes Cordeiro da Silva, foi realizado de forma remota, durante o período da pandemia de Covid-19, entre 2021 e 2022, com reuniões pelo Google Meet.
Segundo Grandotto, o orientador apresentou o tema em aula e convidou os alunos para participarem. "Eu me interessei pelo tema e me candidatei. O próprio nome do tema me interessou, inteligência artificial. Eu sempre tive muita curiosidade nessa área e vi que era uma oportunidade de trabalho, de pesquisa, de projeto", justificou.
Pesquisa
O estudo começou com a compreensão de cientometria, que mede e quantifica o progresso científico com base em indicadores bibliométricos. A coleta de dados foi realizada nas bases científicas mais conhecidas do meio acadêmico e, utilizando a linguagem de programação Pyton, gratuita, de fácil leitura e utilização, o estudante desenvolveu scripts para busca automatizada. Após o tratamento dos resultados, os dados compuseram o banco de dados que serviu para as testagens de diversos algoritmos de aprendizado de máquina.
Com isso, o objetivo do estudante pesquisador foi alcançado: ele desenvolveu um modelo de Machine Learning para identificar apropriadamente as instituições às quais estão vinculados trabalhos acadêmicos e seus autores e disponibilizou um programa na linguagem Python para classificar uma afiliação.
Tem Ciência no IFG!
João Gabriel Grandotto Viana foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) do IFG, pelo Edital nº 18/2021, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPPG). O aluno de TADS participou do projeto Tem Ciência no IFG! e acredita que a pesquisa pode ampliar horizontes. "A pesquisa pode fazer o estudante vislumbrar novas áreas de atuação, ideias, projetos".
Além de poder gerar frutos, participar dos programas de iniciação científica pode ser rentável. "A bolsa ofertada pelo IFG foi minha primeira renda para fazer a pesquisa. Para os interessados, João diria, "vai sem medo de não dar conta, que você consegue". "Com o passar do tempo, você vai aprendendo, o orientador vai te instruindo que caminho estudar, você vai adquirindo uma certa experiência e vai aprendendo por conta própria", finalizou o jovem.
--> Assista ao episódio com João Viana da série Tem Ciência no IFG! no canal IFG-Câmpus Formosa, no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=wnWH63VR_gs&t=80s
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Coordenação de Comunicação Social/Câmpus Formosa
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