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SNCT

Programação local da SNCT inicia com palestra, prosa com egressos e oficinas

Publicado: Segunda, 18 de Novembro de 2024, 11h45 | Última atualização em Segunda, 18 de Novembro de 2024, 11h49

A programação segue até amanhã, dia 19/11, com apresentação de trabalhos e gincana

As atividades da manhã ocorreram no Salão de Eventos
As atividades da manhã ocorreram no Salão de Eventos

Começou hoje, dia 18/11, a programação local do IFG - câmpus Cidade de Goiás da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A manhã iniciou com mesa redonda com professores convidados da UFG que discutiram o tema:  "Biomas do Brasil: Cerrado", em seguida ocorreu uma prosa com os egressos de cursos do IFG que relataram suas experiências de estudantes e como profissionais das áreas de conhecimento que escolheram seguir, o tema do bate papo foi "Câmpus Cidade de Goiás: possibilidades e limites da formação científica para a transformação social". 

A mesa redonda contou com a presença da professora Elisandra Carneiro da Universidade Federal de Goiás (UFG) que falou sobre os "Saberes do Cerrado e (des)aprendizados em tempos de crise climática". Ela ressaltou como as questões ambientais, sociais e políticas estão intimamente interligadas, os desafios para a preservação do bioma cerrado  e a importância de se ouvir  e aprender os saberes ancestrais de povos tradicionais como quilombolas, indígenas, vazanteiros e outros. "A crise, o colapso ambiental também é de direitos humanos, pois todas as nossas necessidades básicas encontram-se ameaçadas nesse contexto, vocês, a juventude representam esse novo início que precisa ser repensado diante dos grandes desafios que se colocam atualmente". 

O professor Hélio Simplício (UFG) falou sobre "Pintura corporal e biodiversidade do cerrado" ressaltando a importância das instituições de ensino se reinventarem para acolher ao público das comunidades tradicionais. "Nós temos 305 povos indígenas no Brasil, falantes de cerca de 275 línguas diferentes, é uma diversidade imensa que sobreviveu ao genocídio e tem uma riqueza cultural e de saberes imensa que precisa ser conhecida, nós precisamos nos abrir a esses saberes, fazer esse giro decolonial, ouvir essas narrativas que foram historicamente silenciadas, reinventar nossos métodos de ensino aprender com eles". 

Prosa com egressos

Após a pausa para um lanche, os estudantes se reuniram em uma roda para conversa com quatro ex-alunos do IFG que vieram falar de suas experiências. Emanuel Bruno Lima, participou de maneira remota, hoje ele vive na cidade de São Paulo onde trabalha em diversas produções audiovisuais. "Sou de Pernambuco e sempre tive o sonho de cursar cinema, encontrei o curso do IFG, tive dificuldades financeiras para me manter no início, mas depois fui contemplado com a bolsa permanência e participei de projetos de extensão como bolsista, o que me ajudou a concluir o curso e também a ter uma visão melhor sobre a questão racial no audiovisual".

Para Késsia Noleto cursar a licenciatura em Artes Visuais a ajudou a resgatar sua identidade. "Quando você é uma mulher que fica em casa cuidando dos filhos, você perde um pouco quem você é, voltar para os estudos me fez retomar a minha identidade, me tornar a késsia artista, participei do projeto de extensão Residências Criativas que começou na época da pandemia e foi muito importante para me ajudar a expressar os sentimentos daquele período difícil".

Éder Patrick dos Santos, atualmente docente do Bacharelado em Cinema e Audiovisual, foi estudante da primeira turma do curso. "Sou de uma outra cidade do interior chamada Rubiataba, ingressar no curso me abriu oportunidades profissionais e mudou meu paradigma de relação com o audiovisual, pude participar da produção de vários filmes, trabalhar em outros estados. O curso do IFG oportuniza que jovens do interior tenham acesso a uma formação de qualidade na área do cinema". 

Juliano Avelar Moura é egresso da primeira turma do Bacharelado em Agronomia. "Cheguei no curso aos 40 anos, com colegas jovens, achei que teria dificuldades de me integrar, mas nossa turma foi muito unida, a receptividade dos professores foi grande, todos dedicados a nos ouvir e construir projetos juntos, só não participei mais da extensão por causa do meu trabalho". 

A programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia continua hoje à tarde com oficinas a partir das 14h, amanhã pela manhã haverá apresentação dos trabalhos e no período da tarde uma gincana. Confira aqui a programação completa. 

 

 

 

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