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ENCONTRO DE CULTURAS NEGRAS

Oficinas e mesas de diálogos são destaques no primeiro dia do Encontro de Culturas Negras

Publicado: Sexta, 01 de Dezembro de 2017, 08h47 | Última atualização em Quinta, 28 de Dezembro de 2017, 11h55

Arte, música e discussões sobre políticas públicas marcam primeiro dia do evento no Câmpus Uruaçu

Turma do Câmpus Itumbiara também participa do III Encontro de Culturas Negras e do I Congresso Nacional dos Estudantes do IFG em Uruaçu


Começou nesta quinta-feira, 30 de novembro, mais uma edição do Encontro de Culturas Negras do Instituto Federal de Goiás e do Seminário de Educação para as Relações Étnico-Raciais. Sediados no Câmpus Uruaçu, os eventos trazem como pauta principal a discussão sobre as relações inter-raciais. 

Este primeiro dia de Encontro de Culturas Negras veio acompanhado de muita chuva, mas também de muita empolgação de servidores, estudantes e do público externo que prestigiam o concorrido evento. Na tarde de ontem também foram realizados minicursos, roda de conversa e algumas oficinas. Entre estas últimas, estava a concorrida oficina de percussão brasileira com instrumentos alternativos.


Instrumentos alternativos
Abílio Carrascal, docente do Câmpus Águas Lindas da disciplina de Artes, revela que a oficina que ele ministra originou-se a partir da ideia de propor um diálogo: “Havia a ideia de dialogar com vários contextos nos quais os jovens estão inseridos, propondo uma sensibilização no que diz respeito à produção de arte e também de música”.


Professor Abílio orienta aluno durante a oficina de percussão

 

Trabalhando com vários tipos musicais tradicionais que têm em sua base a influência negra, como o maracatu, o samba reggae, a marchinha e a ciranda pernambucana, o professor ressalta que esta é uma oportunidade de propor uma atividade lúdica, propondo uma introdução à formação musical e à produção de música. Pela diversidade de materiais com os quais trabalha, o professor também chama atenção para o fato de que a oficina trabalha nos jovens a questão ambiental, uma vez que os materiais usados na confecção dos instrumentos são originados a partir do reaproveitamento e da reciclagem de material, a partir do reuso de tampinhas, tambores, toneis, latas diversas. “Assim, conseguimos, além de propor ideias no que tange a formar um gosto musical, educar para a arte e sobretudo propor uma ressignificação de determinadas questões relacionadas à arte e à música. Mais do que isso, os discentes percebem que eles podem criar música de um jeito muito original, usando materiais que eles podem pegar em casa”.

 


Conscientização e políticas
No período vespertino, também foi realizada uma roda de conversas com pró-reitores do IFG. Mediada pela professora Ádria Borges, que também é uma das coordenadoras da Comissão Permanente de Implementação de Políticas de Igualdade Étnico-raciais (CPPIR) da Instituição, o diálogo contou com a presença dos pró-reitores de Ensino, Oneida Cristina Irigon; de Pesquisa e Pós-Graduação, Écio Naves Duarte; de Desenvolvimento Institucional, Amaury França Araújo; e de Extensão, Daniel Silva Barbosa.

 


Pró-reitores do IFG falam sobre as políticas de igualdade no âmbito da Instituição

Durante essa primeira mesa de diálogos realizada no evento, os professores ressaltaram a necessidade de pensar a respeito das metas e desafios no âmbito das relações inter-raciais. Para o pró-reitor de Extensão, Daniel Barbosa, conhecer a realidade da discriminação sofrida pelos negros, a desigualdade presente no país e lidar com os problemas do racismo presentes na sociedade é algo fundamental. Para o professor, “não basta propiciar acesso aos estudantes: é preciso garantir qualidade educacional para todos”.

Os pró-reitores presentes, em suas falas, também chamaram atenção para o fato de que há alguns avanços no âmbito das políticas institucionais, mas há ainda uma série de questões que precisam ser efetivadas. Outros diálogos a respeito das Políticas de Igualdade Étnico-Racial ainda ocorrerão ao longo do evento.

 

Programação noturna
Ainda ontem foram realizadas a solenidade e a conferência de abertura do III Encontro de Culturas Negras. A solenidade contou com a presença de diversos gestores da Instituição. A conferência, por sua vez, trouxe o tema “Educação afro, democracia e os desafios no Brasil contemporâneo” e foi ministrada pelo professor da Universidade Federal da Bahia, Eduardo David de Oliveira. Posteriormente, aconteceu o show no pátio da Instituição com Kika Ribeiro.

 

Confira outras fotos do evento em nossa página da Facebook.

 

Diretoria de Comunicação Social/ Reitoria.

 

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