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Enade 2019

Rede Federal tem a melhor Educação Superior do Brasil, segundo Enade 2019

Publicado: Sexta, 23 de Outubro de 2020, 10h39 | Última atualização em Quinta, 05 de Novembro de 2020, 11h35

IFG destaca-se com notas acima da média nacional em cursos de engenharia dos câmpus Formosa, Goiânia, Itumbiara e Jataí

Aula no Câmpus Itumbiara
Aula no Câmpus Itumbiara

A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é um dos principais destaques do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019. Em uma escala de 1 a 5, 41% das instituições tiveram nota 4; e 11% conseguiram alcançar o conceito máximo. Fazendo uma comparação, nota-se que 30% das universidades brasileiras alcançaram a nota 4; e 11% delas a nota 5. No Instituto Federal de Goiás, o desempenho dos estudantes destacou-se positivamente mais uma vez, garantindo notas acima das médias nacionais, mostrando que a educação ofertada na Instituição é uma das melhores da área de engenharia no Brasil.

A avaliação foi aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que divulgou os resultados do Enade 2019 em coletiva de imprensa, na sede da instituição, na terça-feira, 20 de outubro. Ao todo, 435 mil estudantes de 1.225 instituições de todo Brasil foram inscritos. As provas foram aplicadas em 1.063 municípios e contaram com a presença de 389 mil concluintes de cursos de graduação.

 

IFG

O IFG, no Enade 2019, destacou-se com notas acima da média nacional em cursos de engenharia nos câmpus Formosa, Goiânia, Itumbiara e Jataí. Ao todo, 13 cursos foram avaliados  e seis deles tiveram nota 4. No Câmpus Itumbiara, tiraram nota 4 os cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Controle e Automação; no Câmpus Formosa e no Câmpus Jataí, o curso de Engenharia Civil foi responsável pela pontuação; e no Câmpus Goiânia, foram avaliados com nota 4 os cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia Civil.

Para a pró-reitora de Ensino do IFG, professora Oneida Irigon, “essas notas são o resultado da boa qualificação e atuação docente de nossa Instituição, dos servidores que nela trabalham e, sobretudo, do empenho dos nossos alunos. Essa avaliação também está relacionada com a estrutura que os nossos câmpus possuem e com as ações articuladas entre ensino, pesquisa e extensão, por meio de projetos e eventos que existem no IFG. Todos esses elementos são fundamentais para que tenhamos esse conceito”.

Destacando a nota do curso de Engenharia Civil do Câmpus Goiânia, a professora Matilde Melo, coordenadora do curso na unidade, ressaltou que “o resultado foi ótimo, principalmente ao analisarmos os dados e verificarmos que a diferença, para alcançarmos a nota máxima, foi inferior a um décimo. Na classificação das notas do Conceito Enade (contínuo), sem arredondamento, obtivemos a maior nota entre os Institutos Federais do Estado de Goiás e a segunda maior nota entre os cursos de Engenharia Civil do Estado de Goiás, com resultado muito próximo à primeira colocada (UFG - Goiânia), a qual tem mais de 60 anos de criação”.

Para o chefe de departamento das áreas acadêmicas do Câmpus Itumbiara, professor Jucélio Costa de Araújo, o resultado positivo no Enade “mostra o quão importante é a preocupação e a responsabilidade de nossos docentes em relação à qualidade do ensino a ser ministrado [...] e reflete a união das ações que ocorrem em todos os setores” do Câmpus, desde às áreas administrativas até as acadêmicas. “Parabéns a todos nós que fazemos parte desta Instituição, tenho orgulho de fazer parte deste grupo”, afirmou o chefe de departamento da unidade de Itumbiara.

Ainda em relação às notas do IFG, ficaram na média nacional e obtiveram o conceito 3 no exame os cursos de Engenharia Civil dos câmpus Aparecida de Goiânia e Uruaçu; Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica do Câmpus Goiânia; Engenharia Civil da Mobilidade do Câmpus Anápolis; e Engenharia Elétrica do Câmpus Jataí. Por fim, fechando as notas do IFG, o curso de Engenharia de Controle e Automação, ministrado no Câmpus Goiânia, obteve o conceito 2 no exame.

 

Conif

A vice-presidente de Assuntos Acadêmicos do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Sônia Regina de Souza Fernandes, ressaltou que foi com entusiasmo e alegria que toda a Rede recebeu o resultado das áreas avaliadas. A gestora frisou também a dobradinha com as universidades públicas no topo com os melhores conceitos do Enade.

“O excelente desempenho representa a materialidade de uma Rede jovem, que está fazendo bem seu papel no processo de formação do ensino superior. Tudo isso é resultado de um trabalho sério, com investimento em infraestrutura, na formação dos docentes e nos trabalhos de pesquisa, ensino, extensão e inovação tecnológica”, ressalta Sônia, que também é reitora do Instituto Federal Catarinense (IFC).

Para entender o desempenho da Rede Federal no Enade, Sônia Fernandes explica que é preciso considerar alguns pontos, como a qualificação dos professores no processo de formação de docência e na titulação (segundo a plataforma Nilo Peçanha, do Ministério da Educação, 51% dos professores da Rede Federal possuem mestrado, 34% doutorado e outros 12% tem alguma especialização), além da busca da articulação da pesquisa, ensino, extensão “tendo a inovação tecnológica como eixo transversal nos processos de inovação”, como ela explica.

 

Rede Pública

Entre as instituições avaliadas pelo Enade, 85% eram privadas e 15% públicas. No entanto, as públicas se destacaram com as melhores médias do conceito Enade. Apenas 6,1% das instituições alcançaram a nota 5. Dessas, 82% são instituições públicas e 18% privadas. Na outra ponta, entre as instituições que tiveram nota 1 e 2 93% são privadas. A maior parte das instituições privadas obtiveram nota 3, na média do conceito.

 

Orçamento

O desempenho das instituições avaliadas no Enade 2019 voltou a jogar luz nas discussões sobre o orçamento previsto para a Educação em 2021. Segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual 2021, feito pelo Ministério da Economia, há a previsão de R$ 1,9 bilhão do orçamento de universidades e institutos no próximo ano. A contenção no orçamento não inclui as despesas obrigatórias, como pagamento de pessoal.

Instituições educacionais, como o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), que congrega 41 instituições – 38 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II – e parlamentares, temem que o corte coloque em xeque os investimentos e a qualidade da educação no período de pandemia e pós-pandemia.

O presidente do Conselho, Jadir José Pela, que também é reitor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), lembra que as instituições da Rede Federal não pararam durante a pandemia e se tornaram importantes polos de produção científica nas regiões em que estão inseridas. “Nosso corpo docente e nossos estudantes continuaram produzindo ciência e buscando solucionar problemas ligados ao enfrentamento à COVID-19 durante os últimos meses”, destaca.

No período pandêmico, a Rede Federal produziu, por exemplo, mais de 170 litros de álcool em gel, doou mais de 45 mil cestas básicas, mais de 79 mil protetores faciais e 202 mil máscaras de tecidos. “Estamos falando em corte no orçamento discricionário. É o dinheiro é usado para pagar energia elétrica, água, segurança e auxílio para estudantes. Sem esse recurso não conseguiríamos fazer um trabalho tão importante como o que tem sido feito na pandemia. O Enade mostra a importância a seriedade com que lidamos com o orçamento das nossas instituições. A Rede mostrou a sociedade como consegue gerir bem seu orçamento e dar resultados de qualidade”, finaliza Jadir.  

 

Enade

 O Exame avalia o rendimento dos estudantes concluintes dos cursos de graduação de instituições públicas e privadas de todo o Brasil. Essa avaliação é feita por meio dos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

A prova é aplicada desde 2004, pelo Inep e integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Foram 8.368 cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de engenharia, arquitetura e urbanismo, ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; e cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

 

Saiba mais sobre as notas do IFG nas matérias divulgadas pelos câmpus da Instituição:

Câmpus Formosa

Câmpus Goiânia

Câmpus Itumbiara

 

Acesse aqui o resultado completo do Enade 2019.

 

 

Diretoria de Comunicação Social/Reitoria com informações das coordenações de comunicação do IFG e da Assessoria de Comunicação do Conif.

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